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Flávio Bolsonaro diz que não sabia dos negócios de Queiroz

Coaf apontou “movimentações financeiras atípicas” de R$ 1,2 milhão nas contas do ex-assessor do senador eleito

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Igo Estrela/Metrópoles
Senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)
1 de 1 Senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

No dia em que era esperado para falar ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) sobre as movimentações financeiras atípicas nas contas do ex-assessor Fabrício Queiroz, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) se manifestou sobre o caso, nesta quinta-feira (10/1), em entrevista ao telejornal SBT Brasil. “Não sei o que as pessoas fazem fora do expediente. Não tenho como controlar isso”, disse. “Não sabia dos negócios dele [Queiroz]”, garantiu.

“Não estou fazendo defesa do meu ex-assessor, não tenho procuração para isso”, afirmou Flávio Bolsonaro. “Não sei o que as pessoas fazem da porta do meu gabinete para fora”, reiterou o senador eleito, ao negar ter conhecimento dos negócios de Queiroz. Durante entrevista ao mesmo jornal do SBT, o ex-assessor justificou a movimentação atípica em suas contas como resultado da venda de carros usados que promove.

Qualquer um percebe que isso [a divulgação do caso] é para atingir o nome do presidente Jair Bolsonaro e tentar deslegitimizar o governo, que, por sinal, começou muito bem

Flávio Bolsonaro, filho do presidente, deputado federal e senador eleito pelo PSL-RJ

Em postagem na sua conta no Facebook, Flávio Bolsonaro afirmou nesta quinta que não iria depor ao MPRJ porque não teve “acesso aos autos” e se comprometeu a “agendar dia e horário para apresentar os esclarecimentos” assim que se informar melhor sobre os fatos. “É o tempo de eu tomar ciência do que é. Eu vou lá [no MPRJ] sepultar qualquer dúvida que tenham sobre minha pessoa”, garantiu durante a entrevista divulgada nesta noite.

Até outubro, Flávio foi chefe de Fabrício Queiroz, o ex-assessor por cujas contas bancárias teriam passado “movimentações financeiras atípicas” de R$ 1,2 milhão, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) – órgão do Ministério da Fazenda. O primogênito do presidente da República tem reiterado: “Não fiz nada de errado”.

O Coaf foi comunicado das movimentações incomuns do policial militar aposentado pelo banco porque as transações são “incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira” do ex-assessor parlamentar e amigo dos Bolsonaro. O relatório do órgão cita um cheque de R$ 24 mil destinado à primeira-dama, Michelle Bolsonaro. A compensação do documento em favor da mulher do presidente da República aparece na lista sobre valores pagos pelo PM.

Venda de carros usados
O ex-motorista, que faltou por duas vezes a depoimentos sobre o caso no Ministério Público do Rio de Janeiro, alega que as operações são resultantes de vendas de carros usados que promovia, e os R$ 24 mil para a mulher do presidente seriam o pagamento de um empréstimo pessoal.

Jair Bolsonaro disse o mesmo: “Sempre gozou de toda a minha confiança. E mais de uma vez emprestei dinheiro para ele, como emprestei para outros funcionários. Não vejo nada de mal nisso. E não cobro juros. Ele falou que vendia carros. Eu sei que ele fazia rolo. Mas quem vai ter que responder é ele”, disse o presidente.

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