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Filho de Jango critica Bolsonaro por comemorações do golpe de 1964

João Goulart Filho disse que esperava atitude do atual chefe do Poder Executivo. O presidente pediu às Forças Armadas que celebrem a data

atualizado

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Isis Dantas/CLDF
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1 de 1 João-Goulart-Filho1 - Foto: Isis Dantas/CLDF

Filho do presidente deposto no golpe de 1964, que culminou nos 21 anos de ditadura militar brasileira, João Goulart Filho (PCdoB) criticou, nesta quinta-feira (28/3), as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) incentivando as Forças Armadas a comemorem a data de início de um dos períodos mais obscuros da história brasileira. A declaração foi dada durante as comemorações do centenário do presidente João Goulart, o Jango, promovidas pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.

“Nós já esperávamos que esse governo comemorasse o golpe, as torturas e as barbáries, pois os livros de cabeceira deles são de ditadores. Eles dizem que nós éramos os subversivos, mas foram eles quem subverteram a Constituição de 1945. Camaradas, estamos aqui para, se necessário, libertar o Brasil deles, mas de forma pacífica”, protestou João Goulart Filho.

A celebração dos 100 anos de nascimento de Jango foi promovida pelo deputado distrital Reginaldo Veras (PDT) a pedido do presidente regional do PPL – partido que se fundiu ao PCdoB –, Antônio Campanella. A cerimônia teve a presença de movimentos sindicais e de representantes de partidos políticos.

João Goulart Filho foi candidato à Presidência da República no ano passado, quando ficou na 13ª colocação, com pouco mais de 30 mil votos. No segundo turno, ele apoiou o então presidenciável do PT, Fernando Haddad, que acabou derrotado por Jair Bolsonaro.

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