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Em posse, Aras defende a Lava Jato e ressalta coragem de procuradores

O indicado do presidente Jair Bolsonaro (PSL) assumiu formalmente o cargo na manhã desta quarta-feira (02/10/2019)

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Augusto-Aras
1 de 1 Augusto-Aras - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Ao tomar posse como procurador-geral da República, Augusto Aras fez elogios à Operação Lava Jato e citou nominalmente o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ex-juiz da força-tarefa em Curitiba.

Aras foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) fora da lista tríplice, tradicionalmente apresentada pelo Ministério Público. O novo PGR disse que os procuradores da Lava Jato serão lembrados pela coragem no trabalho desempenhado.

“A Lava Jato mobilizou amplos setores da sociedade contra práticas condenáveis que estavam ocorrendo no país”, disse nesta quarta-feira (02/10/2019). E emendou: “O juiz Sergio Moro, outros magistrados do Rio de Janeiro e os procuradores sempre serão lembrados pela coragem que desempenharam suas missões”, destacou Aras, demonstrando apoio à operação.

Durante a cerimônia, Moro também foi elogiado pelo presidente Bolsonaro, que discursou em seguida. A posse de Aras foi prestigiada por quase todos integrantes do governo. Estiveram presentes os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes, além de senadores e deputados.

O discurso do novo PGR teve muitas citações religiosas, em referência à origem judaica. Aras prometeu combater tudo que seja contrário “à cultura judaica-cristã”.

“Amor à primeira vista”
O mandatário do país disse que a escolha de Aras ocorreu por ter sido “amor à primeira vista” pelo novo PGR. Bolsonaro ressaltou que é necessário preservar a independência dos poderes. O presidente repetiu brincadeira que provocou risos da plateia ao voltar a fazer analogias com o jogo de xadrez dizendo que “Aras é a rainha e ele, o rei”.

O presidente do STF, Dias Toffoli, foi classificado como o cavalo. Moro ganhou a alcunha de torre. Os demais ministros, para Bolsonaro, são peões.

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