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“De cabeça quente”, Bolsonaro evita falar sobre ministro do Turismo

Titular da pasta, Marcelo Álvaro Antônio foi denunciado pelo MPMG por crimes ligados a candidaturas laranjas pelo PSL

atualizado

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Fotos JP Rodrigues / Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Fotos JP Rodrigues / Metrópoles

Tão logo chegou ao Palácio da Alvorada na noite desta sexta-feira (04/10/2019), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi questionado sobre a situação do ministro do Turismo, mas evitou comentar o assunto. Marcelo Álvaro Antônio foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais por dois crimes envolvendo candidaturas laranjas pelo PSL, sigla também do mandatário da República.

“Sem comentários, sem comentários, sem comentários”, disse a jornalistas. “Não tem coisas boas para perguntar para mim? Ralo o dia todo e não tem uma coisa para perguntar?, reclamou o chefe do Executivo nacional.

Ao longo do dia, auxiliares da Presidência da República confirmaram que a permanência de Álvaro Antônio no cargo, por enquanto, estaria garantida.

Com a agenda oficial encerrada por volta das 15h, Bolsonaro teve despachos internos no Palácio do Planalto durante o restante da tarde e voltou para a residência oficial aproximadamente às 18h40.

Como de costume, o presidente cumprimentou apoiadores que o aguardavam, tirou fotos e ficou por alguns minutos conversando com um casal de idosos. A interação acontece em uma área cercada, à qual a imprensa não tem acesso.

Populares que estavam na aglomeração contaram que o diálogo era com dois franceses que relatavam questões políticas e sociais do país, como a imigração em massa e a gestão do presidente francês, Emmanuel Macron, com quem Bolsonaro teve impasses relacionados à Amazônia.

Em seguida, o titular do Planalto se aproximou novamente da imprensa a fim de se retratar. “Pessoal, peço desculpa aí, estou com a cabeça quente”, justificou. “Perderam uma oportunidade enorme de conversar com franceses para saber o que está acontecendo no país deles. Nós não queremos que aconteça no nosso país aquilo que está ocorrendo lá”, pontuou, antes de ir embora.

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