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Três suspeitos de hackear autoridades são transferidos para presídios

Apontado como líder do grupo, Walter Delgatti Neto ficará na Superintendência da PF. Juiz converteu prisão temporária em preventiva

atualizado

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Andre Borges/Esp. Metrópoles
Suelen Priscila de Oliveira e Gustavo Henrique Elias Santos – Hackers da operação Spoofing
1 de 1 Suelen Priscila de Oliveira e Gustavo Henrique Elias Santos – Hackers da operação Spoofing - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Três dos quatro suspeitos de hackearem os celulares da alta cúpula da República, entre eles o do presidente Jair Bolsonaro (PSL), foram transferidos da Superintendência da Polícia Federal para presídios no fim da manhã desta sexta-feira (02/08/2019).

Gustavo Henrique Elias Santos e Danilo Marques foram levados para a Papuda, e Suelen Priscila, para a Colmeia. Considerado o líder do grupo, Walter Delgatti Neto ficará preso na PF.

O juiz da 10ª Vara Federal em Brasília Vallisney de Oliveira converteu, na noite dessa quinta-feira (01/08/2019), a prisão preventiva em temporária dos quatro suspeitos de integrarem o grupo. Eles estão detidos desde o dia 23 de junho.

A transferência dos presos, no entanto, é contestada pelo defensor de Gustavo e Suelen, o advogado Ariovaldo Moreira. Suelen, segundo ele, corre riscos, pois já alegou ter sofrido maus-tratos no local.

Durante audiência de custódia nessa terça-feira (30/07/2019), Gustavo e Suelen relataram terem sido maltratados por agentes da Polícia Federal. A mulher contou que ficou detida em um local sem papel higiênico e teve de tomar água do chuveiro. “Eles riam, falavam que eu era hacker e que eles tinham que ter cuidado com o celular”, relatou.

Assim que ficou sabendo da transferência, o advogado do casal disse que vai recorrer da decisão por meio de uma petição junto à 10ª Vara Federal. “Estou peticionando e vamos despachar, de imediato, com o magistrado. Ela [Suelen] corre risco de vida”, destacou.

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