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Walter hackeou celular do advogado de outro suspeito preso

Delgatti Neto contou que invadiu o aparelho de Ariovaldo Moreira, que defende Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila Oliveira

atualizado

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André Borges e Rafaela Felicciano/Metrópoles
Walter Delgatti e o advogado Ariovaldo Moreira
1 de 1 Walter Delgatti e o advogado Ariovaldo Moreira - Foto: André Borges e Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma informação inédita surpreendeu o advogado Ariovaldo Moreira (foto em destaque), que defende o DJ Gustavo Henrique Elias Santos e a mulher, Suelen Priscila Oliveira, acusados de invadirem celulares de autoridades públicas. Walter Delgatti Neto, apontado como o líder dos ataques virtuais, admitiu que hackeou o aparelho de Ariovaldo.

Em conversa reservada, após a audiência de custódia na 1ª Vara da Justiça Federal em Brasília, nesta terça-feira (30/07/2019), Delgatti Neto, conhecido como Vermelho, contou que invadiu o celular do advogado dos outros suspeitos.

Fontes que estavam na sala explicaram como Delgatti hackeou Ariovaldo. Ele teria feito ligações para o número do advogado, durante a madrugada, mas não tiveram a data precisa revelada.

O advogado ficou espantado e questionou a ação. Vermelho confirmou a invasão dizendo de forma “precisa” o número do telefone usado por Ariovaldo, o que convenceu o defensor.

O suspeito já tinha confirmado outras invasões em depoimento à Polícia Federal. Ariovaldo não comentou o caso e reafirmou a inocência de Gustavo e Suelen, que também são investigados.

Segundo a Polícia Federal, mais de mil aparelhos foram invadidos. Integrantes dos três Poderes tiveram os celulares hackeados, inclusive o presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Nesta terça-feira, o juiz da 10ª Vara Federal, Vallisney de Oliveira, manteve a prisão temporária dos quatro suspeitos de invadir celulares de autoridades públicas dos três Poderes. Com isso, eles permanecem presos, pelo menos, até a próxima quinta-feira (01/08/2019).

Após os quatro suspeitos serem ouvidos, o Ministério Público Federal (MPF) pediu cópias dos depoimentos para investigar possíveis maus-tratos durante a prisão executada pela Polícia Federal.

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Gustavo e Suelen denunciaram ao juiz que ficaram sem tomar banho, beber água e que passaram por “pressão psicológica”. Policiais federais teriam feito “piadas” e ridicularizado a situação dos investigados.

Após a audiência, Vallisney determinou que Suelen deixe a Penitenciária Feminina do Distrito Federal (Colmeia).  Ela deve ser transferida para o Departamento de Polícia Federal no Aeroporto Juscelino Kubitschek, após pedido da defesa.

Além disso, os quatro presos terão direito a um banho de sol por dia. Os pedidos foram deferidos, ou seja, aceitos pelo juiz Vallisney. O MPF concordou com as reivindicações.

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