metropoles.com

Família indígena de MS pode ter sido assassinada por vingança

Mãe e filha, de 11 anos, morreram baleadas. Um outro filho de 12 anos foi levado para o hospital, e o padrasto conseguiu fugir

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução
Reserva indígena Taquaperi
1 de 1 Reserva indígena Taquaperi - Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS) incluiu uma nova linha de investigação sobre o atentado contra uma família indígena, na madrugada deste domingo (25/7), em Coronel Sapucaia, na fronteira com o Paraguai. O crime pode ter ocorrido por vingança.

A mãe e uma filha, de 11 anos, morreram após serem baleadas. Um outro filho, de 12 anos, ficou ferido e foi levado para o hospital. Já o padrasto da família conseguiu fugir. Todos eles são paraguaios, incluindo os suspeitos, que estão sendo identificados.

Uma primeira linha de investigação adotada pela Polícia Civil é a de que o homicídio teria ocorrido por questões religiosas.

Isso porque uma liderança da aldeia informou, em depoimento à polícia, acreditar que a família vítima do atentado era acusada de praticar magia negra e de ter sido responsável pela morte de um parente dos suspeitos.

“No entanto, temos outra linha de investigação. Esse cidadão [o padrasto] não se apresentou à delegacia, mesmo sendo vítima, pois seria investigado por um homicídio que praticou, também em Coronel Sapucaia, contra um sobrinho dos possíveis autores”, revela o delegado plantonista Edgard Punsky, em conversa com o Metrópoles.

“Então, ele provavelmente seria o alvo da emboscada, mas eles acabaram acertando na mulher, e a criança não tem nada a ver com a história”, declara Punsky. O caso será apurado pela Delegacia de Polícia de Coronel Sapucaia.

Testemunha-chave para entender a dinâmica dos fatos, o padrasto não foi encontrado para prestar depoimento aos investigadores desde a ocorrência. Policiais o procuraram das 4h às 18h de domingo, mas não o encontraram. Acredita-se que esteja escondido no Paraguai.

“Além do padrasto, a única testemunha viva é o guri de 12 anos, que chegou a fazer um termo de reconhecimento fotográfico. A gente localizou esse suspeito e mais um outro elemento, que foram ouvidos em declaração, mas eles apontam outros dois como suspeitos dos homicídios, sendo que um deles é o tio da criança que o padrasto teria matado”, afirma o delegado.

Compartilhar notícia