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Após chacina em Itapajé, presos são transferidos para Fortaleza

A Secretaria da Justiça montou um esquema para a transferência de 44 internos para uma unidade prisional em Fortaleza

atualizado

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BRUNO RIBEIRO / ESTADAO
REBELIAO / ITAPAJE
1 de 1 REBELIAO / ITAPAJE - Foto: BRUNO RIBEIRO / ESTADAO

Após a morte de dez presos na Cadeia Pública de Itapajé (CE), na manhã da segunda-feira (29/1), a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) montou um esquema para transferência de 44 internos, quase a metade dos que ocupavam a unidade prisional. Os internos foram encaminhados para unidades da região metropolitana de Fortaleza.

As autoridades cearenses não informaram se haverá transferência de presos para separar facções rivais em outras cadeias e presídios. Nesta terça (30), o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), viajou a Brasília, para audiência com o presidente Michel Temer. Os dois irão tratar tanto da chacina ocorrida na cadeia de Itapajé como também na de sábado, no Bairro Cajazeiras, periferia de Fortaleza, onde 14 pessoas foram mortas numa casa de forró.

Inquérito
De acordo com a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), a Delegacia Municipal de Itapajé instaurou inquérito policial e indiciou por homicídio qualificado seis internos identificados como: Alex Pinto Oliveira Rodrigues, de 24 anos, com passagens por contravenção penal, roubo, dano, direção perigosa, crimes de trânsito e porte ilegal de arma de fogo; Antônio Jonatan de Sousa Rodrigues, de 22 anos, com passagem por roubo e corrupção de menores; Artur Vaz Ferreira, 26 anos, com passagens por furto e porte ilegal de arma de fogo; Francisco das Chagas de Sousa, de 24 anos, conhecido por “Chicó” e com passagens por lesão corporal dolosa, porte e posse ilegal de arma de fogo; Francisco Idson Lima de Sales, de 19 anos), com passagens por tentativa de homicídio e roubo; e William Alves do Nascimento, de 20 anos, conhecido por “William do Cavalo” ou “Batata”, com passagens por crime de trânsito e homicídio consumado.

Durante vistoria na unidade prisional, foram apreendidos dois revólveres, 38 munições, duas facas, drogas e aparelhos celulares. A Sejus não confirmou se o conflito teria sido provocado por guerra de facções. Informou que “as investigações permanecem no intuito de descobrir a motivação das mortes”. As armas foram levadas para realização de exames periciais na sede da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).

Alguns internos foram feridos, tiveram atendimento no hospital local e voltaram à unidade. Outros três presos tiveram ferimentos mais graves e precisaram ser transferidos para outra cidade. De acordo com a Sejus, o confronto foi controlado por agentes penitenciários do Grupo de Operações Regionais e policiais do município.

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