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PM suspeito de matar Leandro Lo não participou da reconstituição em SP

Reconstituição do crime foi realizada na tarde desta quarta (31/8). Defesa do acusado diz que depoimentos das testemunhas são divergentes

atualizado

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Leandro Lo foi campeão mundial meio pesado em 2022 e campeão mundial peso leve, em 2012
1 de 1 Leandro Lo foi campeão mundial meio pesado em 2022 e campeão mundial peso leve, em 2012 - Foto: Reprodução/Instagram

Foi realizada na tarde desta quarta-feira (31/8), pela Polícia Civil de São Paulo, a reconstituição da morte do lutador de jiu-jitsu e multicampeão Leandro Lo, de 33 anos. A simulação levou em conta a versão de 16 testemunhas que estavam no local no dia do crime, no entanto, o policial militar que está preso pelo homicídio não participou.

A defesa da família da vítima reclama que o oficial da PM não quis cooperar com a investigação do crime.

Leandro Lo foi morto no dia 7 de agosto, com um tiro na testa, durante um show no clube Sírio, no Planalto Paulista, zona sul da capital. O disparo foi feito pelo tenente da PM Henrique Otavio Oliveira Velozo, de 30 anos. Ele está detido no Presídio Militar Romão Gomes.

A vítima era um dos principais nomes do jiu-jítsu no planeta. O paulistano foi campeão mundial da modalidade nada menos do que oito vezes.

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Recusa

De acordo com o advogado que representa a família do lutador, Adriano Vanne, foi dado ao acusado o direito de participar da reconstituição, no entanto, ele recusou. Ainda segundo o jurista, das 16 testemunhas, quatro delas eram amigas da vítima e as outras 12 pessoas eram clientes e funcionários que também estavam no local.

Para ele, os depoimentos foram bem semelhantes. “[As diferenças eram] coisas humanamente permitidas. Por exemplo, ‘dentro de um show’, ‘à noite’, ‘numa balada’. As diferenças são mínimas, a história é bem coesa”, relatou.

“Inconsistências”

Já a defesa do PM, afirmou que “a reprodução simulada dos fatos requerida pela defesa e realizada hoje é um ato importantíssimo para confirmar ou não o relato das testemunhas. Neste caso, diversos depoimentos não corresponderam com a dinâmica realizada hoje no Clube Sírio. De forma técnica, ficaram comprovadas as inconsistências dos relatos das testemunhas”, disse o escritório que representa o tenente, em nota.

Ainda de acordo com a defesa de Velozo, a perícia deve encerrar a investigação em cerca de 15 dias e que só devem se pronunciar quando a investigação for concluída.

A Polícia Civil chegou a marcar uma coletiva para falar sobre a reconstituição nesta quarta, mas a entrevista acabou não ocorrendo.

Entenda o caso

O boletim de ocorrência indica que, após uma breve discussão, o policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo foi até a mesa do atleta.

Segundo testemunhas, o PM de folga pegou uma garrafa da mesa. Leandro Lo se levantou, tirou a bebida da mão de Velozo, o derrubou e o imobilizou.

Os amigos de Lo apartaram os dois e pediram “para deixar isso quieto”. O PM se levantou, deu a volta na mesa e, de frente para o lutador, sacou a arma e atirou. O disparo atingiu o lado esquerdo da cabeça do atleta.

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