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Parto de Suzane von Richthofen foi verdadeira “operação de guerra”

Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais, dá à luz sob forte esquema de segurança em hospital, evitando alvoroço na mídia

atualizado

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Suzane von Richthofen na cadeia
1 de 1 Suzane von Richthofen na cadeia - Foto: Reprodução

Uma verdadeira “operação de guerra” aconteceu para que o parto de Suzane von Richthofen não se tornasse público ou gerasse algum alvoço nas mídias. Condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, um crime que marcou a cultura dos anos 2000 no Brasil, Suzane, de 40 anos, deu à luz um menino na última sexta-feira (26/1), no Hospital Albert Sabin, em Atibaia – 70 quilômetros de São Paulo, capital. As informações são da coluna True Crime, do jornalista Ulisses Campbell, de O Globo.

Durante o pré-natal, Suzane foi atendida no complexo hospitalar Santa Casa, no município de Bragança Paulista, lugar onde mora com o marido, o médico e pai da criança, Felipe Zecchini Nunes.

Porém, acabou transferida para o hospital onde o esposo é chefe do pronto atendimento, para contar com o apoio da direção a fim de manter o parto em sigilo como também sua estadia no hospital.

Para que a informação não vazasse, a direção do Albert Sabin se reuniu com funcionários durante a semana para detalhar como seria o esquema rígido de segurança, inédito para os padrões do hospital.

Suzane chegaria ao hospital na madrugada de sexta, usando um moletom com capuz para cobrir a cabeça. Depois, entraria pelos fundos, acessando um dos laboratórios, passando rapidamente para o quarto 117, onde seria recepcionada.

Segundo orientações repassadas, médicos, enfermeiras e técnicos de enfermagem foram expressamente proibidos de falar com Suzane sobre qualquer assunto que não fosse o parto, com o risco, inclusive, de serem demitidos, caso descumprissem a determinação. Além disso, os funcionários do hospital também não podiam repassar para fora qualquer informação sobre a mulher – desde seu estado de saúde até o fato de estar internada lá.

Bochicho generalizado

Operadores de telefonia também foram instruídos de que todas as ligações feitas no período em que Suzane esteve no hospital seriam monitoradas para identificar possíveis vazamentos.

“Ficou todo mundo apreensivo, com medo de ser punido. Foi um bochicho generalizado. Quando a informação do parto vazou, ficamos com medo de ser alvo de investigação ou sindicância, porque muita gente viu Suzane no hospital”, conta uma funcionária, que preferiu não se identificar.

Suzane deixou o hospital na noite de sábado (27/1), por volta de 21h30. Não recebeu qualquer visita no período em que esteve internada fora a presença do marido. Assim como na chegada, ela deixou o local pelos fundos, ao lado de dois seguranças e da enfermeira de plantão. Inicialmente a alta estava prevista para domingo ou segunda, mas a mulher preferiu ser acompanhada no pós-cesárea em casa, feita pelo próprio marido.

Permissão da Justiça

Para ser internada durante a madrugada em Atibaia, Suzane também teve de pedir permissão à Justiça, já que ela cumpre pena em regime aberto necessariamente em Bragança Paulista.

Os dois municípios são limítrofes e estão a meia hora de carro pela rodovia Fernão Dias (BR-391). Pelas regras estipuladas na Lei de Execução Penal (LEP), Suzane não pode sair da jurisdição da cidade-domicílio declarada por ela no fórum de Bragança Paulista.

De acordo com as regras do regime, inclusive, Suzane só poderá sair com o filho na rua entre 6h e 20h. Caso viole as regras estabelecidas, a mulher voltará para a cadeia. A pena terminará apenas em 2041, ano em que o filho da mulher estará com 17 anos.

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