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“O petróleo é nosso ou de um pequeno grupo?”, questiona Bolsonaro

A questão foi levantada pelo mandatário do país após ele comentar a troca feita na presidência da Petrobras na sexta-feira (19/2)

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Presidente Jair Bolsonaro Solenidade de Ação de Graças palacio planalto agenda presidente 1
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro Solenidade de Ação de Graças palacio planalto agenda presidente 1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, na manhã desta segunda (22/2), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) questionou a política da Petrobras após anunciar a saída do presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

O mandatário do país se mostrou insatisfeito com reajustes consecutivos no preço dos combustíveis e, no último fim de semana, indicou mudanças na petrolífera.

“Ninguém quer perseguir servidor, muito pelo contrário, temos que valorizar os servidores. Agora, o petróleo é nosso ou é de um pequeno grupo no Brasil? Ninguém vai interferir na política de preço da Petrobras”, declarou Bolsonaro aos apoiadores.

Mesmo depois de ter mencionado repetidas vezes que não interferiria na estatal, na última sexta-feira (19/2), o chefe do Executivo federal anunciou que não vai reconduzir Castello Branco para o cargo de diretor-presidente da Petrobras, após uma sequência de altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às refinarias. O nome indicado para assumir o posto é o do general Joaquim Silva e Luna.

Na ocasião, Bolsonaro ainda reclamou da medida contra a Covid-19 adotada na gestão de Castello Branco, essencial para evitar a disseminação do vírus, que já matou mais de 246 mil pessoas somente no Brasil. Os servidores da Petrobras estão em teletrabalho desde março do ano passado.

“O atual presidente da Petrobras está há 11 meses em casa, sem trabalhar. Trabalha de forma remota. Agora, o chefe tem que tá na frente, bem como seus diretores. Então, isso pra mim é inadmissível. Descobri isso há poucas semanas. Imagina eu, presidente, em casa durante a Covid-19. Ficando o tempo todo aqui no Alvorada. Não justifica isso aí. Inclusive, o ritmo de trabalho de muitos servidores lá tá diferenciado”, assinalou o titular do Palácio do Planalto.

Interferência

No dia em que a Petrobras anunciou a quarta alta consecutiva do ano, na última quinta-feira (18/2), Bolsonaro disse, na tradicional live, que a partir de 1º de março não haverá qualquer imposto federal incidindo sobre o preço do óleo diesel.

“Eu não posso interferir nem iria interferir [na Petrobras]. Se bem que alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias, tem que mudar alguma coisa, vai acontecer”, disse o mandatário.

Bastou a afirmação de Bolsonaro de que “algo aconteceria” para que, na sexta-feira (19/2), as ações da estatal amanhecessem em queda. A Bolsa de Nova York, por exemplo, registrou queda de mais de 3% nas ações da estatal no pré-mercado.

Depois da mudança na Petrobras

Como efeito da mudança e das falas de Bolsonaro, além de as ações da Petrobras continuarem caindo, o dólar reagiu ao comunicado do mandatário do país.

Nesta segunda-feira, a Bolsa de Valores brasileira abriu em forte queda, devido ao anúncio de mudança de comando na estatal. Às 10h30, o Ibovespa caía 4,88%, a 112.652 pontos, em virtude da influência do tombo na compra de ações da petrolífera.

O dólar, por volta de 9h16 desta segunda, subia 2,33%, chegando a R$ 5,5127. Na máxima até o momento, atingiu R$ 5,5327. Na última sexta-feira (19/2), o dólar fechou em queda de 0,99%, a R$ 5,3874, acumulando avanço de 0,25% na semana.

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