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Na contramão do país, AP, RJ e RO registram alta nas mortes por Covid

Enquanto os três estados computam aumento nos óbitos, 15 UFs veem a quantidade de falecimentos cair

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Mutirão de vacinação contra a covid-19 para quem tem 37 anos ou mais começa com alta procura nesta sexta-feira (23/07) no estacionamento 12 do parque da cidade.
1 de 1 Mutirão de vacinação contra a covid-19 para quem tem 37 anos ou mais começa com alta procura nesta sexta-feira (23/07) no estacionamento 12 do parque da cidade. - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A média móvel diária de mortes por Covid-19 está em queda no Brasil e completou nesta terça-feira (3/8) o quarto dia consecutivo abaixo do patamar de 1.000 falecimentos por dia. Isso não acontecia desde janeiro deste ano, antes da segunda onda da doença.

A situação, entretanto, não é a mesma em todos os estados do Brasil. Enquanto 15 Unidades da Federação – incluindo o Distrito Federal – tem uma média móvel em queda, outros três observam um crescimento na quantidade de óbitos. São eles: Amapá, Rio de Janeiro e Rondônia.

Devido ao tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás. Variações na quantidade de mortes ou de casos de até 15%, para mais ou para menos, não são significativas em relação à evolução da pandemia.

Percentuais acima ou abaixo devem ser encarados como tendência de crescimento ou de queda. Os cálculos do (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, foram feitos com as informações do Ministério da Saúde.

O gráfico a seguir mostra como está evoluindo a média móvel de mortes por Covid-19 em cada UF.

Como é possível ver, em todos os estados o número está longe do pico de falecimentos da segunda onda, quando a média nacional chegou a superar 3 mil falecimentos diários. Entretanto, na comparação com a média de duas semanas atrás, Amapá, Rio de Janeiro e Roraima apresentam altas superiores a 15%, o que indica uma tendência de crescimento.

Rondônia tem a pior situação, com um crescimento de 73,9%. Em seguida vem o Amapá, com alta de 45%. No Rio de Janeiro o avanço é de 21,8%.

O médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Julival Ribeiro avalia que essa dinâmica diferente entre as várias regiões do país era esperada. “O Brasil é um país continental, nós temos vários estados, inúmeras cidades”, diz.

Para ele, o principal fator que impacta o número de casos, hospitalizações e mortes é a vacinação. “Quanto maior número de pessoas vacinadas, menor número de casos da Covid”, indicou. Em paralelo, é necessário que as pessoas continuem “usando mascara, higienizando mãos e evitando aglomerações”. ,

Se isso não for feito, apontou Julival, “nós podemos esperar uma alta no número de casos”, prosseguiu. Ele ressaltou ainda a incerteza causada pela variante Delta, mais transmissível, no aumento de casos e mortes da doença entre a população não vacinada.

O Amapá é o estado com o menor percentual de habitantes imunizados contra a Covid-19. De acordo com os dados do consórcio de imprensa, apenas 11,13% da população recebeu as duas doses do imunizante ou a dose única da Janssen. Rondônia tem o terceiro pior desempenho entre todas as UFs, com 14,25%. 

O Rio de Janeiro está mais perto da outra ponta, com a oitava colocação entre as Unidades da Federação com maior percentual da população imunizada. No estado fluminense, 19,69% das pessoas já estão imunizadas contra o coronavírus.

Dos três estados com crescimento na média móvel de mortes, apenas o Rio tem casos confirmados da variante delta. O estado é inclusive o local com a maior quantidade de confirmações para a variante.

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