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Na cadeia, Maluf come chuchu em vez de uvas-passas na ceia de Natal

Marmita divulgada pela Sesipe previa arroz com passas, tutu de feijão, carne assada e batata. Foi servido arroz, feijão, frango e chuchu

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Maluf sai do IML
1 de 1 Maluf sai do IML - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

No lugar de passas, chuchu. Em vez de carne assada, frango cozido. O primeiro Natal do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) no Centro de Detenção Provisória (CDP), na Papuda, em Brasília, passou bem longe do que foi divulgado pela Secretaria do Sistema Penitenciário do DF (Sesipe). O menu previsto para a noite do dia 24 de dezembro era: arroz com passas, tutu de feijão, carne assada, batata e suco de frutas. No entanto, a realidade da marmita foi arroz, feijão, frango cozido e chuchu.

Ele e outros políticos presos, como os da Operação Lava Jato, tiveram de se contentar com a reformulação do cardápio. De acordo com a Sesipe, vinculada à Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, o menu especial havia sido uma sugestão das três empresas que fornecem a alimentação diária para o Complexo Penitenciário da Papuda. Nutriz, Cial Comércio de Alimentos e Confederal propuseram menus diferentes para a noite feliz.

No entanto, ao menos no CDP, onde Maluf está preso, a refeição especial não virou realidade. A alimentação do local é fornecida pela Cial, que também presta serviços para a  Penitenciária do Distrito Federal II (PDF II), ambos na Papuda. Além dele, estão presos no CDP o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o deputado Celso Jacob e o ex-executivo da JBS Ricardo Saud, detidos na Lava Jato. 

De acordo com relatos de familiares dos presos que participaram de visitas na quarta-feira (27), os detentos do CDP e da Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I), atendida pela Nutriz, não tiveram a ceia prometida. A Associação de Familiares dos Internos e Internas do Sistema Prisional do DF e Entorno (Afisp-DFE) diz que foram servidas marmitas com frango frio e arroz cru. Já na PDF II, os parentes afirmam que o arroz com passas, a carne, o tutu e a batata foram entregues, conforme prometido.

Apesar dos relatos de que as marmitas não correspondiam ao divulgado para o Natal, a Cial informou que a ceia “foi servida para todo mundo, com exceção das pessoas que recebem dieta especial”. A Nutriz informou que a responsável por responder pelos contratos é a Sesipe, gestora da área. 

Segundo a Pasta, a opção por alterar ou não o cardápio de refeições aos internos do sistema prisional no Natal é decisão exclusiva das empresas contratadas, ou seja, não passa por uma deliberação da secretaria. “Em caso de mudança, independente do período do ano, as três fornecedoras devem, no entanto, respeitar o padrão nutricional e a quantidade de alimentos firmados”, disse por meio de nota.

Atualmente, as seis unidades prisionais do Distrito Federal têm 15.776 custodiados. Eles estão lotados no CDP, com 3.722 presos; no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), com 2.160; na PDF, com 3.987; na PDF II, com 3.844; na Penitenciária Feminina (PFDF), com 775; e no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), com 1.288 detentos.

Condenação
Maluf foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão, em regime fechado, pelo crime de lavagem de dinheiro. O político é acusado de desvios milionários em obras viárias, como o Túnel Ayrton Senna, a Avenida Água Espraiada, em São Paulo, entre 1993 e 1996, período em que foi prefeito da cidade.

O político está preso em regime fechado na cela 10 da Ala B, no Bloco 5 do CDP, na chamada “Ala dos Vulneráveis”. Ele foi transferido para Brasília na última sexta-feira (22/12), após se entregar à Polícia Federal em São Paulo.

Na quarta (27), o juiz Bruno Macacari, da Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), adiou a decisão sobre o pedido de prisão de Maluf. Com a determinação, o político passará o Ano-Novo na Papuda.

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