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Ceia de presos da Lava Jato na Papuda terá arroz com passas e carne assada

Em Curitiba, detentos como Gim Argello e Eduardo Cunha receberão panetone, mas esfarelado, e peru desossado

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Nada de peru, panetone ou vinho. A ceia de Natal do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Prisional da Papuda, ala que abriga presos da Lava Jato, como o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o deputado Celso Jacob e o ex-executivo da JBS Ricardo Saud, terá como cardápio arroz com passas, tutu, carne assada, batata e suco de frutas. No dia 25, o almoço será com arroz colorido, feijão em caldo, frango assado e purê de cenouras.

Às 17h do dia 24, os detentos desfrutarão de uma refeição modesta, mas adaptada à ocasião. Segundo a Secretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) do Distrito Federal, o menu de Natal foi sugestão das três empresas que fornecem a alimentação diária para o complexo prisional. Não terá custo adicional, segundo o órgão. Além disso, obedecerá ao padrão nutricional e de quantidade estabelecido pelos contratos.

As ceias serão diferentes entre os blocos que compõem o Complexo da Papuda. Detentos do Centro de Internamento e Reeducação (CIR) e da Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I) comerão frango ao molho agridoce, arroz colorido, feijão-carioca e farofa natalina. Já os integrantes do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) e da Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF) terão pernil no jantar do dia 24.

Na chamada “Ala dos Vulneráveis”, onde estão os detentos que têm o benefício do regime semiaberto, idosos, políticos e policiais, a marmita do dia a dia é uma mistura de arroz, feijão, guarnição e uma proteína animal (carne, frango ou peixe). As refeições já foram alvo de denúncias ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), após familiares relatarem casos de diarreia e infecção alimentar entre os presidiários.

Curitiba
Em Curitiba (PR), onde estão outros presos da Lava Jato, como o ex-senador Gim Argello e o ex-deputado Eduardo Cunha, a ceia de Natal terá panetone. A guloseima, porém, será esfarelada, por questões de segurança. E o tradicional peru entrará desossado.

O jantar e o almoço natalinos fazem parte das quatro refeições diárias servidas aos 15,7 mil detentos das unidades prisionais brasilienses. Eles têm direito a café da manhã, almoço, jantar e lanche noturno. Até 2019, o Governo do Distrito Federal deverá repassar cerca de R$ 200 milhões às empresas que fornecem alimentação para o complexo penitenciário do Distrito Federal.

Além do cardápio especial para a ceia natalina, os detentos da Papuda não terão direito a nenhum benefício adicional durante o feriado. Segundo a Sesipe, as visitas não serão alteradas em função das comemorações de fim de ano. As entradas de familiares seguirão a rotina normal de agendamento, com dias e horários fixos – às quartas e quintas-feiras, das 9h às 15h.

Maluf a caminho
Nesta sexta (22), os presos da chamada “Ala dos Vulneráveis” receberão um novo companheiro para as festas de final de ano: Paulo Maluf (PP), deputado e ex-prefeito de São Paulo. Após decisão da presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STF), ministra Cármen Lúcia, de manter a prisão do parlamentar, Maluf está sendo transferido para a Papuda.

Por outro lado, Lúcio Funaro, que estava no complexo penitenciário da Papuda, deverá passar o Natal em casa. O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, determinou na terça-feira (19) a progressão de regime do operador financeiro do PMDB.

Funaro já cumpre pena em prisão domiciliar na cidade de Vargem Grande do Sul, no interior de São Paulo, monitorado por câmeras e com esquema de segurança reforçado, em substituição à tornozeleira eletrônica.

Arte/Metrópoles

 

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