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Mulher que acompanhou agressão a João Beto diz que não o ouviu pedir ajuda

Funcionária do Carrefour, Adriana Alves Dutra prestou depoimento à polícia no último sábado (21/11)

atualizado

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João Beto
1 de 1 João Beto - Foto: Reprodução/Twitter

A funcionária que tentou impedir a gravação do assassinato de João Alberto Silveira Freitas no Carrefour disse que não ouviu a vítima pedir socorro. A mulher, identificada como Adriana Alves Dutra, prestou depoimento à polícia no último sábado (21/11). Ela era agente de fiscalização do mercado onde João Alberto foi espancado até a morte no dia 19 de novembro, em Paço D’Areia, Porto Alegre (RS).

Adriana afirmou que estava no setor de “bazar” da loja quando foi chamada para conter uma briga entre um cliente — João Alberto — e uma funcionária. Ela disse que, antes de ir para o estacionamento da loja, Beto teria empurrado uma cliente. No entanto, as imagens analisadas pela polícia não mostram a vítima empurrando nenhuma mulher. As informações são da TV Globo.

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Ele foi espancado até a morte em uma unidade do Carrefour, em Porto Alegre
Um vídeo mostra as agressões
Ele morreu ainda no local
João Alberto
Cenas do espancamento de João Beto
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João Beto caído no chão após as agressões

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Ele foi espancado até a morte em uma unidade do Carrefour, em Porto Alegre

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Um vídeo mostra as agressões

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Ele morreu ainda no local

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João Alberto

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Cenas do espancamento de João Beto

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Cenas do espancamento de João Beto

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Cenas do espancamento de João Beto

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Um desentendimento com funcionários do Carrefour teria motivado as agressões sofridas por João Alberto. Dois seguranças foram presos em flagrante

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A vítima foi atacada com vários socos e golpes, registrados em vídeos por pessoas que assistiam à cena de terror

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Cenas do espancamento de João Beto

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João Alberto foi morto no dia 19/11, véspera do Dia Nacional da Consciência Negra, ao ser espancado por dois seguranças de uma das filiais da rede Carrefour

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Dezenas de pessoas – entre amigos, familiares e militantes de movimentos negros – acompanharam o velório e o sepultamento de João Alberto Silveira Freitas

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Ele foi enterrado na manhã de 21/11, no Cemitério Municipal São João, zona norte de Porto Alegre

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Adriana também falou aos policiais que Beto e os seguranças começaram a brigar e que, nesse momento, ela teria chamado a Brigada Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A agente de fiscalização afirmou ter pedido várias vezes que os seguranças soltassem João Beto, mas que não ouviu a vítima gritar por socorro.

No entanto, em vídeos que circulam pela internet, Adriana aparece perto do corpo de João Alberto, que estava sendo espancado no chão. Ele gritava por socorro e dizia: “Estou morrendo”. A funcionária do Carrefour filma a vítima e, ao perceber que uma testemunha também gravava as agressões, pede que o vídeo seja interrompido.

“Não faz isso, não faz isso, senão vou te queimar na loja. Não pode”, diz Adriana, ao “justificar” as agressões. “Ele deu em uma mulher lá em cima. Senão, a gente não teria [feito isso]. Ele bateu no fiscal. Ele pode bater em nós? A gente está tentando mobilizar ele”, completa.

A delegada responsável pelo caso, Roberta Bertoldo, disse que os dois acusados de cometerem o crime — Giovane Gaspar da Silva e Magno Borges Braz — estão presos preventivamente. Eles ainda não prestaram depoimentos. A investigadora espera a versão dos seguranças para comparar os depoimentos deles com os das funcionárias do Carrefour ouvidas no último sábado.

O caso

Beto foi morto no Carrefour, na última quinta-feira (19/11), em Porto Alegre. A esposa da vítima, Milena Borges Alves, 43, contou que o casal esteve no supermercado a fim de comprar verduras e ingredientes para fazer uma receita de pudim.

De acordo com Milena, eles ficaram poucos minutos dentro do estabelecimento. Relatou que Beto saiu na frente, em direção ao estacionamento. Quando chegou ao local, disse que se deparou com o marido no chão e que foi impedida de chegar perto dele.

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