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Mulher faz visita à ex-patroa da mãe e vive por 9 meses como “escrava”

O caso ocorreu em Campo Grande (MS). A vítima conseguiu fugir e pedir socorro a um casal que passava nas proximidades da casa da agressora

atualizado

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Polícia Civil/ Divulgação
Vítima de trabalho análogo à escravidão e a mãe dela
1 de 1 Vítima de trabalho análogo à escravidão e a mãe dela - Foto: Polícia Civil/ Divulgação

Uma mulher de 34 anos viveu em situação análoga à escravidão por 9 meses, em Campo Grande (MS). A vítima, que preferiu não se identificar, teria ido visitar uma ex-patroa da mãe em Mateus Leme, Minas Gerais e, depois, teria sido obrigada a ir junto com a família da mulher para a capital sul-mato-grossense.

A vítima conseguiu fugir da residência onde era mantida contra a própria vontade e conseguiu pedir ajuda para um casal que passava de carro pelas proximidades.

Após o resgate, ela foi levada a uma igreja, onde encontrou um policial militar que a levou para a Casa da Mulher Brasileira para receber atendimento psicológico.

No depoimento prestado pela vítima à polícia, ela afirma que havia apenas 15 dias que estava fora de casa. Contudo, ao falar com a família dela, a mãe da mulher declarou que, na verdade, a filha estava desaparecida há 9 meses. De acordo com psicólogos, a vítima tem distúrbios mentais.

A família que mantinha a mulher em situação de escravidão é composta por uma idosa de 80 anos, o neto dela e a esposa do homem.

“Nós fizemos 3 diligências, uma delas com a vítima. Ela conseguiu lembrar o local onde fazia compras no mercado, local em que ela só para carregar as sacolas empurrando a bicicleta. Também me falou que a casa possui portão amarelo com lixeira de madeira. Eu fui até com o meu carro particular procurar essas características, porém, ainda não conseguimos identificar o local”, declarou Joilce Ramos, delegada responsável pelo caso, ao G1.

Trabalho análogo à escravidão

A mãe da vítima teria perdido completamente o contato com a filha, por 9 longos meses. De acordo com a delegada envolvida no caso, Joilce Ramos, os suspeitos de cometer o crime teriam apagado todos os contatos do celular da vítima, para impedir que ela entrasse em contato com algum conhecido para pedir socorro.

Ainda segundo a polícia a mulher era obrigada a limpar duas casas, grandes, sem receber um único centavo pelo trabalho. Além disso, a vítima era obrigada a comer apenas restos de comida, além de ter sido agredida verbalmente diversas vezes.

Violência Sexual

A equipe de investigação policial envolvida no caso desconfia que a vítima possa ter sofrido violência sexual enquanto esteve mantida em cativeiro, visto que a barriga dela estaria com formato semelhante ao de uma pessoa grávida. No entanto, quando questionada, a mulher teria negado a história.

A vítima, após a suspeita, foi levada a um ginecologista pela equipe de suporte envolvida na causa. No entanto, ainda não há confirmação de uma suposta gestação.

Volta à casa

De acordo com a delegada Joilce, a vítima estava desesperada para retornar à casa da mãe, em Minas Gerais. Normalmente, a passagem seria custeada pela Casa da Mulher Brasileira, por meio de uma vaquinha. Porém, em razão da urgência do caso, a delegada pagou a passagem para a vítima e repassou o caso para a polícia do município.

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