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Mourão sobre ser chamado de “palpiteiro” por Bolsonaro: “Deixa pra lá”

Vice-presidente também falou sobre assessor parlamentar exonerado por articular impeachment do presidente: “Foi uma situação lamentável”

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro Solenidade de Ação de Graças palacio planalto agenda presidente 1
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro Solenidade de Ação de Graças palacio planalto agenda presidente 1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou na manhã desta sexta-feira (29/1) que é melhor “deixar pra lá” o ataque do presidente Jair Bolsonaro. Na quinta-feira (28/1), o chefe do Executivo chamou Mourão de “palpiteiro” por ter sugerido uma possível reforma ministerial, começando pelo Itamaraty.

“Não vou comentar isso aí, né. Deixa pra lá”, disse o general aos jornalistas. Na quarta-feira (27/1), em entrevista à Rádio Bandeirantes, Mourão ventilou a possibilidade de que a reforma ministerial começasse a ser discutida após as eleições para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado.

Para ele, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, teria grandes chances de deixar o cargo.

Em sequência, Bolsonaro (sem partido) desautorizou o vice a comentar sobre a expectativa de uma reforma ministerial e possível demissão do chefe do chanceler.

“O que nós menos precisamos é de palpiteiros no tocante à formação do meu ministério. E deixo bem claro: todos os meus 23 ministros eu que escolho e mais ninguém e ponto final. Se alguém quiser escolher, que se candidate em 2022 e boa sorte em 2023”, disse.

Assessor exonerado

Na ocasião, o vice-líder ainda abordou sobre a matéria do O Antagonista que denunciava a tentativa de um assessor parlamentar de Mourão, que estaria articulando, na Câmara, o impeachment de Bolsonaro.

Depois de confirmado que o assessor Ricardo Roesch Morato Filho trocou, de fato, mensagens com um chefe de gabinete de um deputado federal, Mourão decidiu exonerá-lo. A decisão saiu em uma edição especial do Diário Oficial na manhã desta sexta-feira (29/1).

Portaria Nº 66, De 28 de Janeiro de 2021 – Portaria Nº 66, De 28 de Janeiro de 2021 – Dou – Imprensa Nacion… by Juliana Barbosa on Scribd

“Foi uma situação lamentável. Em primeiro lugar, porque eu não concordo com o processo de impeachment. Segundo lugar ,porque não é a forma como eu trabalho. Foi uma troca de mensagens imprudente, gerou um ruído totalmente desnecessário no momento que a gente está vivendo”, disse o general.

“A partir daí, uma pessoa que tinha um cargo de confiança perde a confiança para exercer esse cargo. Lamento isso aí!”, completou.

“Eu prezo por demais o princípio da lealdade. A lealdade é uma estrada de mão dupla: ela é minha com meus subordinados e deles comigo. No momento que isso é rompido, se rompe o elo e não dá mais para trabalhar junto”, finalizou.

 

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