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Moro sobre ataque a hospital: “Atos tresloucados que põem outros em risco”

Ex-ministro alfinetava o presidente Jair Bolsonaro, que em live incentivou invasão de unidades para “checar ocupação de leitos”

atualizado

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O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro mostra a cada dia sua disposição para ser (mais) uma pedra no sapato do ex-chefe, o presidente Jair Bolsonaro. No início da noite desta sexta-feira (12/06), o ex-superministro-transformado-em-arquirrival foi ao Twitter para criticar mais uma atitude de Bolsonaro, embora sem citá-lo diretamente.

Moro repudiava o ataque de um grupo de familiares de uma vítima da Covid-19 a parte do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, referência no tratamento da doença no Rio de Janeiro, nesta sexta. Pelo menos seis pessoas exigiam ver se os leitos estavam, de fato, ocupados na unidade.

Segundo o jornal O Globo, profissionais da unidade relataram que uma mulher do grupo teria derrubado computadores, chutado portas da enfermaria e tentado, inclusive, invadir leitos. Eles gritavam que tinham o direito de confirmar a ocupação das unidades de tratamento intensivo.

Verificação de leitos
Moro não nominou, mas o alvo claro do tuíte era Bolsonaro. Na véspera, quinta-feira (11/06), o presidente recomendou, em transmissão ao vivo no Facebook, que as pessoas invadissem hospitais a fim de verificar se os leitos estavam realmente ocupados.

“Tem um hospital de campanha perto de você, tem um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente tá fazendo isso, mas mais gente tem que fazer, para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não”, incentivou o presidente.

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