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Moro rebate Bolsonaro e diz que flexibilizar armas é incentivo a “rebelião”

O presidente chamou o ex-ministro da Justiça de “covarde” ao deixar o Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (01/06)

atualizado

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Andre Borges/Especial Metrópoles
Moro e Bolsonaro em frente a cartaz "já mudou"
1 de 1 Moro e Bolsonaro em frente a cartaz "já mudou" - Foto: Andre Borges/Especial Metrópoles

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro respondeu, por meio de suas redes sociais, às críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (01/06) ao deixar o Palácio da Alvorada.

Bolsonaro chamou Moro de “covarde” e disse a apoiadores. “Graças a Deus ficamos livres dele”. “Sobre a ofensa pessoal feita, meu entendimento segue de que quem utiliza desse recurso é porque não tem razão ou argumentos”, disse Moro, por meio de nota.

O presidente voltou a defender a facilitação do acesso a armas para a população e acusou o ministro de atuar para dificultar a posse e o porte de armas de fogo para os “cidadãos de bem”.

O ex-ministro avaliou, ainda, que a flexibilização do porte de arma servia a interesses do presidente de “promover uma espécie de revolução armada contra medidas sanitárias” em razão da pandemia.

“São medidas que podem ser legitimamente discutidas, mas não se pode pretender, como desejava o presidente, que sejam utilizadas para promover espécie de rebelião armada contra medidas sanitárias impostas por Governadores e Prefeitos, nem sendo igualmente recomendável que mecanismos de controle e rastreamento do uso dessas armas e munições sejam simplesmente revogados, já que há risco de desvio do armamento destinado à proteção do cidadão comum para beneficiar criminosos. A revogação pura e simples desses mecanismos de controle não é medida responsável”, disse o ex-ministro.

Ofensas e bravatas

Pela manhã, Bolsonaro ainda citou uma outra portaria, que previa prisão para quem descumprisse medidas de distanciamento social contra a Covid-19, para atacar o ex-ministro, a quem chamou de covarde. Publicado em 17 de março, o texto era assinado, além de Moro, pelo então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Ambos deixaram o governo após divergências com o presidente, inclusive sobre regras para enfrentamento da pandemia.

Moro disse que durante sua gestão chegou a dialogar com secretários de Saúde dos estados e do Distrito Federal para evitar ao máximo as tensões com o governo. Ele ainda enfatizou que acredita em “construir políticas públicas mediante diálogo e cooperação, como deve ser, de nada adiantando ofensas ou bravatas.”

 

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