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Miss trans do Acre diz ter sido vítima de transfobia no trabalho

Vitória Bogéa trabalha como cabeleireira na capital Rio Branco e foi abordada de forma preconceituosa por cliente

atualizado

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Redes sociais/Divulgação
mis trans do Acre
1 de 1 mis trans do Acre - Foto: Redes sociais/Divulgação

A miss trans do Acre, Vitória Bogéa, relatou uma situação de transfobia que passou em seu ambiente de trabalho na última quarta-feira (22/6). Vitória tem 20 anos e trabalha como cabeleireira na capital do estado, Rio Branco.

Uma cliente se referiu à miss no masculino e, mesmo após as correções, insistiu no erro e pediu para ver o registro de nascimento de Vitória.

Em entrevista para a Rede Amazônica, a cabeleireira narrou a ocasião: “Ela foi muito debochada e rapidamente falou: ‘Cadê o registro de nascimento?’, para provar que eu realmente era uma mulher”.

“Sei que não precisava fazer isso, que eu não preciso da aprovação de ninguém para me respeitarem como tem que ser, mas quis fazer isso. Fui até ela, mostrei meus documentos e falei que meu nome era sim Vitória, do sexo feminino, que tenho meus direitos e que aquilo que ela fez foi transfobia“, contou a miss.

Ao ser confrontada, a cliente, que não teve o nome revelado e será processada, voltou atrás e disse que tudo não passava de uma brincadeira.

A situação abalou tanto Vitória que ela só conseguiu procurar uma delegacia na sexta-feira (24/6). “Fiquei muito abalada, chorei muito, as pessoas tentaram me acalmar. Ela falou alto, na frente de muita gente, dos meus colegas de trabalho, me senti muito intimidada, ela quis me constranger”, desabafou.

Nesta terça-feira (28/6), é comemorado o Dia do Orgulho LGBTQIA+. Enquanto a população que integra esse grupo luta por direitos básicos e fundamentais à vida, o Brasil dispara em números assustadores no que diz respeito a agressões, preconceitos e violência.

De acordo com o Transgender Europe (TGEU), o Brasil é o país que mais mata transsexuais no mundo, ocupando o 1º lugar há 13 anos. Além disso, estudo coordenado pelo Núcleo de Pesquisa em Gênero e Sexualidade da Comissão de Diversidade Sexual da OAB-SP mostra que 90% das pessoas trans trabalham com prostituição.

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