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“Me jogou na parede e me obrigou”, diz vítima de estupro de agente no RJ

Jovem diz que foi obrigada a fazer sexo oral em servidor enquanto estava presa na Cadeia de Benfica. Ela foi solta e diz estar traumatizada

atualizado

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Reprodução / TV Globo
Alcides Barbosa de Abreu, autuado em flagrante por estupro
1 de 1 Alcides Barbosa de Abreu, autuado em flagrante por estupro - Foto: Reprodução / TV Globo

Rio de Janeiro – A mulher que acusa um agente penitenciário de estupro no Rio de Janeiro está traumatizada. A jovem de 24 anos foi solta nesta segunda-feira (11/10), após audiência de custódia. A vítima havia sido presa por tentar acessar outra unidade prisional com 100 gramas de maconha e foi abusada pelo servidor que a recebeu na Cadeia Pública de Benfica, na zona norte da cidade.

Em entrevista ao RJTV2, da TV Globo, a vítima de estupro contou detalhes do que aconteceu e de como o agente penitenciário Alcides Barbosa de Abreu agiu contra ele. O servidor público, que está preso desde domingo, confessou o crime, segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).

“Eu cheguei para fazer a triagem. Aí ele falou que eu tinha que sentar e esperar, que ele ia conversar comigo. Aí, ele me levou tipo numa carceragem que tem lá, que só é permitida a entrada de mulheres, mas ele entrou. A câmera pega ele entrando e eu sentei, né? Sentei assim na cadeira e ele foi”, disse a jovem.

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“Falou assim para mim: olha, aqui é o banheiro. Vem ver. Eu levantei e quando fui ver o banheiro, ele já estava com as partes íntimas para fora e falou assim: chupa aqui que eu vou adiantar sua audiência de custódia. Eu falei: não. Eu tenho advogado. Aí ele: você não tem que querer, aí puxou meu cabelo, me jogou na parede e me obrigou a fazer o b(*) nele”.

Sem comer

A jovem afirmou não consegue esquecer do abuso sexual que sofreu na prisão. Ao RJTV2, ela contou que não dorme e não se alimenta direito há três dias. O caso só veio à tona após presas denunciarem o estupro para uma investigadora do presídio.

A policial penal ficou preocupada ao encontrá-la em estado de choque em uma cela. Ao saber do que havia acontecido, ela denunciou o caso ao diretor da cadeia. O secretário da Seap, Fernando Veloso, disse que o agente Alcides Barbosa alegou que a mulher teria concordado em manter a relação com ele.

“Ele admitiu ao diretor que de fato tinha praticado uma relação sexual com essa interna. Admitiu que tinha usado uma artimanha, dizendo para ela que supostamente iria antecipar uma audiência de custódia, o que é uma mentira, ele não tem condição de fazer isso”, disse o secretário.

A jovem, no entanto, negou ter aceito qualquer tipo de acordo.

“Eu falei que não queria, aí ele falou: você vai fazer sim, o sexo oral, começou a me pressionar na parede, ficou mandando eu apertar o peito dele. Eu falei que ia gritar e ele falou: você não vai gritar não. Apertou minha boca”, disse a presa.

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