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Marina Silva critica “ogronegócio” e deputado pede respeito

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, esteve na Comissão do Meio Ambiente na Câmara para apresentar o plano de trabalho da pasta

atualizado

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Fernando Frazão/Agência Brasil
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fala do Comitê Orientador do Fundo Amazônia no BNDES Lula - Metrópoles
1 de 1 A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fala do Comitê Orientador do Fundo Amazônia no BNDES Lula - Metrópoles - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, criticou nesta quarta-feira (24/5) a prática de desmatamento do que foi classificado por pela como “ogronegócio”, em um trocadilho com agronegócio. Silva esteve na Comissão do Meio Ambiente na Câmara dos Deputados para apresentar o plano de trabalho da pasta. A afirmação da ministra foi rebatida por um parlamentar que pediu “respeito”.

“O governo vai apostar nessa transição [para o incentivo de baixo carbono]. Para que a gente tire o agronegócio brasileiro da condição de ‘ogronegócio’. Porque uma boa parte já está fazendo o dever de casa, e a parte que não faz contamina todo o resto. Isso tem sido um prejuízo muito grande para o Brasil, para os investimentos, para fechar acordo do Brasil com Mercosul e União Europeia”, afirmou Marina.

Em seguida, a chefe do Meio Ambiente afirmou não se tratar de uma “generalização”, mas sim de uma “minoria”: “Eu disse que nós temos o agronegócio e temos uma pequena parte que resiste à mudança, resiste às transformações, que é o ‘ogronegócio’, mas eu não generalizei”.

O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) rebateu e acusou a ministra de agir de forma desrespeitosa contra os agricultores e querer “lacrar” no colegiado.

“Eu quero rechaçar veementemente, mesmo dirigida a uma minoria mais uma vez a senhora usou uma expressão infeliz, que vai estar na mídia, atingiu desrespeitosamente os produtores brasileiros. A senhora vai lacrar aqui”.

Em resposta,  Marina se defendeu das acusações: “Desculpa, deputado. Mas eu sou uma mulher preta, pobre, que chegou aqui porque ralou muito, não porque lacrou”.

Evair também afirmou ser de família humilde.

“Eu sou neto de analfabeto, de imigrantes analfabetos que participaram da primeira reforma agrária no Brasil, meu pai saiu recebendo um câncer, continua agricultor, um homem semianalfabeto, que me deu a oportunidade de frequentar escola a distância, eu não estudei do lado da minha casa, com muita dificuldade, fiz faculdade trabalhando na roça, portanto também tenho as minhas convicções, a minha história de vida, do qual tenho muito orgulho, naturalmente.”

A chefe da pasta do Meio Ambiente compareceu à comissão para apresentar o plano de trabalho do ministério para os próximos anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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