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Lula sobre terroristas: “Grupo de aloprados sem senso do ridículo”

Presidente Lula se reuniu, nesta quarta-feira (11/1), com presidentes da Câmara e do Senado, e líderes partidários

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Presidente Lula se reúne com governadores no palacio do planalto 5
1 de 1 Presidente Lula se reúne com governadores no palacio do planalto 5 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou, nesta quarta-feira (11/1), o grupo de terroristas que invadiu as sedes dos Três Poderes de “aloprados sem senso do ridículo”. Os atos antidemocráticos aconteceram no último domingo (8/1), em Brasília. Os manifestantes depredaram os prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto.

“Eu até não gostaria de pensar num golpe, eu gostaria de pensar numa coisa menor, quem sabe um grupo de pessoas alopradas sem senso do ridículo que ainda não entendeu que a eleição acabou, que ainda não quer aceitar que a urna eletrônica é, possivelmente, o modelo eleitoral mais perfeito que a gente tem em todos os países do mundo”, condenou Lula.

“Lamentavelmente, o presidente que deixou o poder no dia 31 não quer reconhecer a derrota. Ainda hoje eu vi declarações dele não reconhecendo a derrota. Ou seja, eu só posso considerar um grupo de aloprados, um grupo de gente com pouco senso de ridículo, porque já entraram na Justiça e a Justiça já disse qual foi o resultado eleitoral”, prosseguiu, sem citar expressamente o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O chefe do Executivo esteve reunido com deputados e senadores que foram pessoalmente ao seu gabinete entregar o decreto de intervenção federal em Brasília. O documento foi assinado por Lula no domingo (8/1), em reação aos atos terroristas, e precisava passar pelo crivo do Congresso Nacional.

O decreto foi aprovado pela Câmara dos Deputados na segunda (9/1) e finalizada pelo Senado Federal nesta terça. Por se tratar de um decreto legislativo, é preciso ter a aprovação de ambas casas e ser promulgado em seguida. Portanto, o ato de entrega a Lula foi meramente simbólico.

Punição

Na reunião com os parlamentares, Lula ainda disse que, agora, é necessário descobrir quem são os terroristas e “punir quem não quer respeitar a ordem democrática tão dificilmente alcançada a partir da Constituição de 88”.

“Quero que vocês saibam que qualquer gesto que contrarie a democracia brasileira será punido dentro daquilo que a lei permite punir. Todo mundo terá direito de se defender, todo mundo terá direito a prova da inocência, mas todo mundo será punido”, falou.

O presidente ainda disse que “não gostaria de ter feito uma intervenção”, mas que os terroristas não estavam dispostos “sequer” a conversar.

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Invasões

Aos gritos de “faxina geral” e ao som do Hino Nacional, bolsonaristas ocuparam a Esplanada dos Ministérios, na tarde de domingo (8/1), em protesto contra a vitória de Lula nas eleições de 2022.

Por volta das 14h40, criminosos do grupo invadiram o Congresso Nacional, sob uma chuva de bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal e entrar no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.

Os vândalos quebraram vidraças, cadeiras e mesas dos dois prédios público. Funcionários do Congresso Nacional que estavam de plantão receberam ameaças.

O último alvo dos extremistas foi o Supremo Tribunal Federal (STF), quem também teve o interior depredado.

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