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Lula nega desistência de acordo entre Mercosul e União Europeia

Presidente Lula admitiu que a conclusão do acordo, negociado há mais de 20 anos, não deverá ocorrer na Cúpula do Mercosul

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Presidência
Imagem do presidente Lula com bandeiras da União Europeia e Brasil ao fundo - Metrópoles
1 de 1 Imagem do presidente Lula com bandeiras da União Europeia e Brasil ao fundo - Metrópoles - Foto: Presidência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou ter desistido do acordo econômico entre o Mercosul e União Europeia, mas admitiu que a conclusão dos mais de 20 anos de negociações não deverá ser realizada na cúpula do bloco latino-americano, com encerramento nesta quinta-feira (7/12). Mais tarde, o Brasil passará a Presidência temporária do Mercosul para o Paraguai.

“Confesso a vocês que eu tinha um sonho de na minha Presidência e na Presidência de Sánchez, presidente político da União Europeia — inclusive tinha feito convite dele vir aqui, convidei a Ursula von der Leyen também, para a gente fazer a conclusão majestosa do acordo. Eu achava que a gente merecia, eu participo das reuniões e nunca saio desanimado. Acho que nunca se conversou com tanta gente”, afirmou em discurso para outros chefes de Estado do Mercosul.

O petista disse ter “herdado” do governo anterior, ou seja, de Jair Bolsonaro (PL), uma versão do acordo que seria “inaceitável, nos tratava como seres inferiores, nos tratava como país colonizado, com uma falta de respeito”.

Desde então, mudanças foram feitas, “mas não mudou a questão industrial”. Além disso, há obstáculos na resistência do presidente da França, Emmanuel Macron, em fechar o tratado e a posse do novo presidente da Argentina, Javier Milei, no domingo (10). Milei é contra a permanência de seu país no bloco econômico.

Apesar disso, Lula descartou que a conclusão do acordo seja “impossível” e se comprometeu a continuar tentando firmar o termo.

Expectativa de Lula

Às vésperas do fim da cúpula, o Brasil pediu reforços para Espanha e Alemanha, na tentativa de convencer a França a fechar o contrato, após presidente Macron chamar o acordo de “incoerente” e “antiquado”.

Lula, no fim de semana, repudiou a fala de Macron sobre o acordo e negou desistir: “A única coisa que tem que ficar claro é que não digam mais que é por conta do Brasil, da América do Sul. Assumam a responsabilidade de que os países ricos não querem fazer um acordo na perspectiva de fazer qualquer concessão”.

Sobre o acordo

O acordo entre Mercosul e União Europeia chegou a ser assinado no início do governo de Jair Bolsonaro (PL), mas não teve ratificação e, portanto, não entrou em vigor.

Para ser válido, o texto precisa de aprovação dos parlamentares de todos os países dos blocos econômicos, além de passar por trâmites internos.

O termo permitiria reduzir as barreiras comerciais, tarifárias e não tarifárias das nações, o que aumentaria o comércio e estimularia o crescimento econômico.

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