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STJ manda soltar Joesley, Saud e outros presos na Operação Capitu

Empresários ligados ao Grupo J&F foram detidos na última sexta-feira (9/11) sob suspeita de envolvimento em atos ilícitos

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Joesley Batista
1 de 1 Joesley Batista - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou a soltura dos colaboradores Joesley Batista, Ricardo Saud, Florisvaldo Oliveira e Demilton Castro, ligados ao Grupo J&F, presos na semana passada pela Polícia Federal, na Operação Capitu. A decisão atende ao pedido da defesa.

A Polícia Federal informou que instaurou um inquérito policial em maio deste ano, baseado em declarações do corretor Lúcio Funaro, sobre supostos pagamentos de propina a servidores públicos e agentes políticos que atuavam direta ou indiretamente no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2014 e 2015.

Segundo o delator, a JBS teria repassado R$ 7 milhões para o grupo político do PMDB da Câmara. Desse valor, o então ministro da Agricultura e atual vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andadre, teria recebido R$ 3 milhões da propina paga pela empresa de Josley Batista e outros R$ 1,5 milhão teriam sido enviados ao ex-deputado Eduardo Cunha.

A PF identificou que o grupo empresarial dependia de normatizações e licenciamentos do Mapa e teria passado a pagar propina a funcionários do alto escalão do ministério em troca de atos de ofício, que proporcionariam ao grupo a eliminação da concorrência e de entraves à atividade econômica, possibilitando a constituição de um monopólio de mercado.

As propinas seriam negociadas, geralmente, com um deputado federal e entregues aos agentes políticos e servidores do Mapa pelo operador Lúcio Funaro.

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