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Plenário virtual do STF começa a julgar realização do Censo 2021

Ministros vão decidir se mantêm liminar do ministro Marco Aurélio Mello, que determinou ao governo fazer a pesquisa

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Fachada do STF – Brasília(DF), 18/05/2017
1 de 1 Fachada do STF – Brasília(DF), 18/05/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar, nesta sexta-feira (7/5), a realização do Censo de 2021. Os ministros vão decidir se referendam ou não a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que determinou que o governo realize a pesquisa, sob o argumento de que seu cancelamento viola a Constituição.

A análise do caso se dá no plenário virtual da Corte, onde os ministros depositam seus votos a distância, sem a necessidade de reuniões presenciais ou por videoconferência. Até as 12h desta sexta-feira, apenas o relator já havia votado. O julgamento está previsto para acabar na próxima sexta-feira (14/5).

“A União e o IBGE, ao deixarem de realizar o estudo no corrente ano, em razão de corte de verbas, descumpriram o dever específico de organizar e manter os serviços oficiais de estatística e geografia de alcance nacional”, escreveu o ministro na decisão, reiterada no julgamento iniciado nesta manhã.

Às vésperas do julgamento, a Advocacia-Geral da União recorreu da liminar, pedindo que o Supremo reconsidere a decisão ou então que ao menos determine que o levantamento seja adiado para 2022, “devendo o Poder Executivo tomar as medidas administrativas e orçamentárias pertinentes para a destinação de recursos necessários ao IBGE”.

O anúncio da suspensão do censo foi feito no final de abril pelo Ministério da Economias. O levantamento censitário já havia sido adiado – de 2020 para este ano. O governo alegou falta de recursos para bancá-lo.

No Orçamento sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o valor destinado para a pesquisa ficou em R$ 53 milhões. Antes, a verba prevista era de R$ 2 bilhões.

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