metropoles.com

MPGO apresenta mais duas denúncias contra João de Deus

Desta vez, o médium é acusado pelos crimes de abuso sexual e porte ilegal de armas de fogo. Ele está preso há mais de um mês

atualizado

Compartilhar notícia

Igo Estrela/Metrópoles
STJ mantém trancamento de ação
1 de 1 STJ mantém trancamento de ação - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O médium João de Deus foi denunciado, nesta quinta-feira (24/1), mais uma vez por abusos sexuais supostamente cometidos durante os atendimentos em Abadiânia (GO), Entorno do Distrito Federal. A denúncia parte do Ministério Público de Goiás (MPGO), que também acusa o líder religioso e sua esposa de posse ilegal de arma de fogo, além de corrupção de testemunhas, junto com um dos filhos. A informação é da TV Anhanguera.

“Essa corrupção e coação reforçam a necessidade de proteger as testemunhas durante os depoimentos e na fase processual”, disse, na denúncia, a promotora de Justiça Gabriella Clementino.

De acordo com a reportagem, uma das denúncias enviadas nesta quinta-feira (24) ao Poder Judiciário é composta por cinco casos de estupro de vulnerável, sendo que uma das vítimas é do Distrito Federal e as demais, de São Paulo. Conforme o documento, os abusos aconteceram de março de 2010 a julho de 2016.

Na denúncia constam relatos de outras seis mulheres que dizem ter sido abusadas pelo médium. Os casos aconteceram entre 1996 e 2009. Na época dos abusos, as vítimas tinham entre 23 e 53 anos. Apesar de esses crimes já terem prescrito, servem para embasar o relato das demais denunciantes.

Na nova denúncia, João de Deus e o filho Sandro Teixeira de Oliveira também respondem por coação no curso do processo e corrupção ativa de testemunha de um caso que teria acontecido em 2016. Segundo o promotor Augusto César de Souza, um dia após o registro do crime, o médium já tinha conhecimento do boletim de ocorrência e tentou, com o filho, “comprar” a testemunha.

Armados ilegalmente
Segundo a reportagem, a outra denúncia apresentada nesta quinta-feira envolve João de Deus e a mulher dele, Ana Keyla Teixeira, por crimes de posse de armas de fogo tanto de uso restrito quanto de uso permitido.

“Das cinco armas, duas estavam com registros suprimidos. Todas elas estavam no quarto do casal. Por isso, a esposa dele também está sendo denunciada pelos mesmos crimes”, disse o promotor Luciano Miranda.

Preso há mais de um mês no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, o médium nega as acusações.

Compartilhar notícia