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Moraes abre novo inquérito para investigar “organização criminosa contra a democracia”

O ministro quer investigar a existência de “organização criminosa” digital montada “com a nítida finalidade de atentar contra a democracia”

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Alexandre de Moraes
1 de 1 Alexandre de Moraes - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu arquivar o inquérito dos atos antidemocráticos, atendendo em parte pedido da Procuradoria-geral da República (PGR). O magistrado, entretanto, abriu uma nova frente de investigação, agora, para verificar a existência de uma organização criminosa digital que atenta contra a democracia.

Segundo a decisão de Moraes, a investigação vai apurar “a presença de fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político absolutamente semelhante àqueles identificados no Inquérito 4.781”.

De acordo com o despacho, o novo inquérito terá prazo inicial de 90 dias e será conduzido pela equipe da delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro, da Polícia Federal, em razão da conexão com o inquérito arquivado.

Moraes ainda abriu apurações específicas de caixa dois e uso irregular de servidores contra duas deputadas federais bolsonaristas, Paula Belmonte (Cidadania-DF) e Aline Sleutjes (PSL-PR).

Em manifestações ao Supremo, nos dias 4 e 17 de junho, a PGR defendeu o arquivamento do inquérito em relação a investigados com foro privilegiado no STF, e o prosseguimento do caso na primeira instância em relação aos alvos que não contam com a prerrogativa de foro.

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