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Lava Jato: força-tarefa denuncia ex-ministros Mantega e Palocci

Políticos são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção durante edição de duas medidas provisórias conhecidas por MPs da Crise

atualizado

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Ricardo Stuckert/PR
mantega palocci
1 de 1 mantega palocci - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR) denunciou nesta sexta-feira (10/8): os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antônio Palocci (na foto em destaque, com Lula); os ex-executivos Marcelo Odebrecht, Maurício Ferro, Bernardo Gradin, Fernando Migliaccio, Hilberto Silva e Newton de Souza (da Odebrecht); e os publicitários Mônica Santana, João Santana e André Santana. Todos são acusados dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato.

De acordo com a investigação, Marcelo Odebrecht, com o auxílio de Maurício Ferro, Bernardo Gradin e Newton de Souza, propôs vantagens indevidas aos ex-ministros da Fazenda dos governos petistas em troca da edição das medidas provisórias 470 e 472 (conhecidas por MPs da Crise). Segundo o MPF, o valor da propina repassada a Mantega foi de R$ 50 milhões, e a quantia seria utilizada para a campanha eleitoral de 2014.

Ainda conforme a denúncia, a edição das MPs foi negociada de forma que solucionasse questões tributárias do grupo. Segundo o MPF, a manobra tinha por objetivo permitir o pagamento parcelado de tributos federais devidos com redução de multa e sua compensação com prejuízos fiscais.

Durante a negociação para a edição das medidas provisórias, agiram em conjunto com Marcelo Odebrecht os executivos Maurício Ferro, Bernardo Gradin e Newton de Souza, fato revelado pela intensa troca de mensagens entre os denunciados, além de outras provas.

Pagamentos
Para viabilizar o pagamento da propina para Guido Mantega, que foi lançada na chamada “Planilha Italiano”, subconta “Pós-Itália”, Marcelo Odebrecht teria se valido de Fernando Migliaccio e Hilberto da Silva, os quais atuavam no Setor de Operações Estruturadas da empresa. A área era responsável por controlar o caixa 2 da companhia e também pelo pagamento de propinas a políticos e agentes públicos.

O montante da propina tem origem em ativos da Braskem, empresa administrada por Bernardo Gradim, que eram mantidos ilicitamente no exterior e geridos pelo Setor de Operações Estruturadas.

Por sua vez, os publicitários Mônica Santana e João Santana são acusados de receber R$ 15.150.000, também por meio do Setor de Operações Estruturadas, mediante 26 entregas, em pagamentos que se deram tanto em espécie no Brasil quanto fora do território nacional, em contas mantidas em paraísos fiscais. André Santana também participou do recebimento dos valores, de acordo com o MPF.

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