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Fuga, U2 e ameaças: mitos e verdades sobre o julgamento de Lula

Conheça os mitos e as verdades sobre o recurso que pode determinar o futuro político do ex-presidente da República

atualizado

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1 de 1 lula-boato - Foto: Arte/Metrópoles

É consenso entre analistas políticos, militâncias partidárias e mercado financeiro: o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), marcado para a próxima quarta-feira (24/1), em Porto Alegre (RS), definirá as eleições de 2018. E, portanto, também será decisivo para o futuro político do país. Caso condenado pela Corte, Lula, que já foi sentenciado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses de prisão, poderá ficar de fora da corrida ao Palácio do Planalto neste ano.

De ameaças de morte a planos de fuga, o Metrópoles checou as principais notícias que circulam na internet sobre o “julgamento do ano”. Veja o resultado:

 

Caso condenado, Lula será preso imediatamente


O TRF-4, responsável pelo caso, divulgou em janeiro uma nota afirmando que uma eventual condenação de Lula pelo tribunal não resultará na prisão imediata do ex-presidente. Segundo a Justiça Federal do Rio Grande do Sul, para o cumprimento da pena ter início, todos os recursos apresentados à Justiça de segundo grau deverão ser julgados.

São eles: embargos de declaração, espécie de pedido de esclarecimento da decisão, e os embargos infringentes, quando o réu pede a prevalência do voto mais favorável em vez daquele mais danoso, seguido pela maioria dos julgadores.

A data do julgamento coincide com um ano do AVC de dona Marisa

De fato, o dia de início da apreciação do recurso – 24 de janeiro – é o mesmo em que dona Marisa Letícia, esposa de Lula, sofreu o Acidente Vascular Cerebral (AVC) causador de sua morte, em 3 de fevereiro de 2017. Na internet, pipocam teorias segundo as quais a data teria sido escolhida propositalmente, com objetivo de desestabilizar emocionalmente o ex-presidente.

A data, no entanto, é a primeira no calendário de sessões da 8ª Turma do TRF-4 após o tradicional recesso do Judiciário. Esse tipo de sessão costuma acontecer às quartas-feiras.

Lula planeja uma fuga para a Etiópia

O boato se espalhou após a divulgação de um vídeo pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), no qual o presidenciável questiona a viagem de Lula para um país que não possui acordo de extradição com o Brasil. “Estaria Lula preparando uma saída estratégica em caso de condenação?”, pergunta o parlamentar na gravação.


O ex-presidente realmente vai para a Etiópia, mas a viagem já estava na agenda há quatro meses, conforme informou sua assessoria. O petista irá participar de um evento com líderes mundiais, sobre o combate à fome, e retornará ao Brasil no dia 29 de janeiro.


Bono, vocalista do U2, acompanhará manifestações em Porto Alegre

A notícia de que o cantor Bono Vox, vocalista da banda U2, iria a Porto Alegre para acompanhar o julgamento chegou a ser um dos assuntos mais comentados no Twitter. O boato surgiu após o senador Roberto Requião (MDB-PR) dizer que estava “convocando os democratas do mundo inteiro” para participar de atos em apoio ao ex-presidente. Ele também comentou: “o pessoal estava convidando Bono Vox e Mujica.”


Entre o convite e a confirmação, no entanto, existe uma grande diferença, e o próprio Requião desmentiu a presença do cantor. Bono Vox não se pronunciou sobre o assunto e, até então, U2, no Brasil, apenas para shows. Diga-se de passagem, ainda sem previsão para 2018.

Julgamento contará com bloquinho de pré-Carnaval

O Movimento Brasil Livre (MBL) está organizando um ato no dia 24 para comemorar uma possível condenação do ex-presidente no TRF-4. O evento foi batizado de “CarnaLula – Pela Prisão do Chefe do Petrolão”. Segundo a descrição na página de Facebook do grupo, o protesto “será um verdadeiro pré-Carnaval”.

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Até a noite de sexta-feira (19), a página do CarnaLula na rede social já contava com 1,3 mil confirmações. O evento está marcado para as 18h, no parque Moinhos de Vento, o Parcão, em Porto Alegre. O local já foi palco de outras manifestações organizadas pelo MBL, na época do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

 

Desembargadores responsáveis pelo caso receberam ameaças de morte

Os três magistrados do TRF-4 que julgarão o caso de Lula têm recebido ameaças de morte. A informação foi confirmada pelo presidente da Corte, desembargador Thompson Flores, ao solicitar uma reunião com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, para discutir as intimidações recebidas pelos julgadores.

Em ofício enviado a outros órgãos, como a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF), o presidente do TRF-4 afirmou que as ameaças visam os três desembargadores que julgarão o recurso de Lula – João Gebran Neto, o relator, Victor Laus e Leandro Paulsen – e foram recebidas pela internet e por telefone.

Nessa sexta-feira (19/1), contudo, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou não ter sido informado de “ameaças concretas” aos magistrados.

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