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Freixo: “Falta revelar quem foi o mandante da morte de Marielle”

O deputado deu uma coletiva de imprensa para comentar a prisão dos suspeitos de assassinar a vereadora há um ano

atualizado

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ALEXANDRE BRUM/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
FREIXO COBRA SOLUÇÃO DO CASO MARIELLE E CRITICA DECLARAÇÕES COM ‘ACHISMOS’: ‘SÃO NOVE MESES, NÃO NOVE DIAS’
1 de 1 FREIXO COBRA SOLUÇÃO DO CASO MARIELLE E CRITICA DECLARAÇÕES COM ‘ACHISMOS’: ‘SÃO NOVE MESES, NÃO NOVE DIAS’ - Foto: ALEXANDRE BRUM/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Após a prisão dos suspeitos de terem assassinado a vereadora e ativista Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, o deputado federal Marcelo Freixo (PSol-RJ) cobrou das autoridades investigação sobre os mandantes do crime. Dessa forma, para ele, a prisão, a dois dias de completar um ano da morte, não seria motivo para comemorações.

“É um dia triste, mas um dia muito importante. A gente reconhece a importância dessas prisões”, falou. Na sequência, porém, ele destacou que ainda falta esclarecer quem ordenou o ataque. “É um tempo inaceitável para [não ter] essa resposta”, prosseguiu.

crime completa um ano no próximo dia 14. Marielle seguia para casa com o motorista e a assessora depois de ter participado de um compromisso público, quando foi atingida na cabeça por uma bala. O ataque aconteceu na Rua Joaquim Palhares, no centro do Rio, e a suspeita de execução passou a ser investigada imediatamente.

Freixo, que trabalhou por 10 anos com Marielle, afirmou que, inspirado na CPI das milícias no Rio de Janeiro, que ele presidiu, o seu partido vai pedir a criação de uma CPI para investigar as milícias em plano nacional.

Suspeitos
Os dois homens presos nesta terça-feira (12/3) por suspeita de executar a vereadora carioca Marielle Franco (PSol) e o motorista Anderson Gomes prestaram depoimento na Delegacia de Homicídios da capital (DH). O PM aposentado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz foram presos na madrugada desta terça-feira depois de terem sido denunciados à Justiça. Foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão nos endereços dos acusados estão sendo concluídos.

Ronnie Lessa foi apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como o autor dos 13 disparos que atingiram o carro onde estava a vereadora Marielle. Já Élcio Queiroz teria atuado como motorista do veículo onde estava Ronnie.

Durante a carreira na polícia, Lessa sofreu dois atentados. O primeiro deles ocorreu em 2009, na zona norte do Rio. Na ocasião, uma granada explodiu próximo ao PM, que teve uma das pernas amputadas. Desde então, ele usa uma prótese. Numa outra tentativa, em abril de 2018, menos de um mês após o assassinato de Marielle, ele trocou tiros com um motociclista que teria se aproximado para matá-lo.

O PSol divulgou uma nota na página do partido no Facebook onde também cobra a solução do caso, que define como “bárbaro crime político”.

Veja a nota na íntegra:

A prisão, na manhã de hoje, do sargento reformado da PM Ronnie Lessa e do ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, acusados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como autores do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, representa um importante avanço, embora tardio, nas investigações para solucionar definitivamente esse bárbaro crime político.

Durante o último ano exigimos das autoridades uma resposta definitiva que pudesse pôr fim à angústia da família, amigos e companheiros de partido de Marielle. Por isso, o PSOL manifesta seu alívio diante da informação de que os autores do assassinato foram identificados. No entanto, o crime só será plenamente esclarecido quando forem identificados e devidamente responsabilizados também os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson e as motivações do crime.

Por isso o PSOL seguirá exigindo respostas. Os autores deste crime político não são só inimigos do PSOL. São inimigos da democracia, dos direitos sociais, dos direitos das mulheres, dos negros e negras e de todos os oprimidos. Exigimos justiça e punição aos mandantes deste atentado à democracia. Dia 14 iremos às ruas por Marielle Franco.

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