A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro fazem operação na manhã desta terça-feira (12/3) para prender suspeitos de envolvimento nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. Um policial militar reformado e um ex-PM foram presos.
Apontado como suspeito de atirar na vereadora, o policial militar reformado Ronnie Lessa, 48 anos, é um dos detidos. O ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, 46, estaria, segundo as diligências, dirigindo o carro usado no dia do crime. Ele também é alvo da operação, que cumpre mandados de buscas em 34 endereços de outros investigados.
De acordo com o MP, o crime foi planejado nos três meses que antecederam os assassinatos.
O sargento Lessa, preso em casa, mora no mesmo condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem um imóvel, na Barra da Tijuca. Ele entrou na lista de suspeitos após ser vítima de uma emboscada, em 28 de abril, 30 dias depois do assassinato da vereadora. O militar recebeu, em 1998, moção de aplausos, congratulações e louvor da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

LessaPMRJ/Reprodução

Imagens de câmeras do sistema viário mostram o carro da vereadora (à frente) sendo seguido pelo Cobalt de placa clonada: ele teria partido de Rio das PedrasREPRODUÇÃO/ TV GLOBO

PF e MP encontram elos entre capitão Adriano e acusado de matar MarielleDivulgação

Reconstituição do caso MarielleMARCELO FONSECA/ESTADÃO CONTEÚDO

Marcas de bala em carro da vereadora Marielle Franco: disparos – 13 no total – foram concentrados na parte de trás, do lado onde Marielle estava sentadaJOSE LUCENA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Mídia Ninja/Divulgação

Ela cresceu na favela da MaréMídia NINJA

A vereadora se engajou na luta pelos direitos das mulheresRenan Olaz/CMRJ

Local do crimeJOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTAD√O CONTE⁄DO

JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTAD√O CONTE⁄DO

O motorista do carro, Anderson Gomes, também morreu no atentadoJOSE LUCENA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Nascida no Complexo da Maré, no Rio, a vereadora era tida como uma ativista dos direitos humanos e denunciava a violência policialRenan Olaz/CMRJ
O crime completa um ano no próximo dia 14. Marielle seguia para casa com o motorista e a assessora depois de ter participado de um compromisso público, quando foi atingida na cabeça. O ataque aconteceu na Rua Joaquim Palhares, no centro do Rio, e a suspeita de execução passou a ser investigada imediatamente.
O duplo assassinato mobilizou o Brasil e teve repercussão internacional.
As prisões foram decretadas pelo juiz substituto Guilherme Schilling Pollo Duarte, do 4º Tribunal do Júri, após denúncia do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ.
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