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Acusados por Bolsonaro de incentivar a pedofilia, ex-ministros acionam STF

Bolsonaro associou ex-ministros dos Direitos Humanos à pedofilia. Grupo foi ao STF para cobrar explicações do presidente sobre acusações

atualizado

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Foto: Anderson Riedel/PR
Presidente Jair Bolsonaro durante o Simpósio Cidadania Cristã, no dia 5 de outubro
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro durante o Simpósio Cidadania Cristã, no dia 5 de outubro - Foto: Foto: Anderson Riedel/PR

Ex-ministros e ex-secretários dos Direitos Humanos acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) explique declarações que os associariam à pedofilia.

Durante o Simpósio da Cidadania Cristã, na Igreja Batista Central de Brasília, no último dia 5, Bolsonaro disse: “Quem lembra o que era o Ministério dos Direitos Humanos? Quem eram as pessoas que já ocuparam aquele ministério? Como uma, por exemplo, que tinha lá, um site chamado ‘Humaniza Redes’, que era… que incentivava a pedofilia. Dizia que o pedófilo era um doente, [que] devia ser entregue para um hospital, e não ser levado a uma delegacia”.

“Numa só tacada”, segundo os advogados dos ex-ministros, “o interpelado atingiu a honra e a reputação de todos os requerentes, ex-titulares da pasta do Ministério dos Direitos Humanos, a quem o interpelado imputou conivência e estímulo comportamento dotado de relevante reprovação social”.

Os ex-ministros e ex-secretários que acionam o STF são: Gilberto José Spler Vargas, Ideli Salvatti, José Gregori, Maria do Rosário Nunes, Mário Mamede Fliho, Nilmario de Miranda, Nilma Lino Gomes, Paulo Sérgio Pinheiro, Paulo Vannuchi e Rogerio Sottili.

“A verdade é que o presidente da República fala de forma desabrida, de forma descuidada; vai ofendendo sem nenhuma base. Ele age de forma leviana, ofende as pessoas como se troca de camisa; muitas vezes volta atrás. Essa interpelação criminal está prevista no artigo 144 do Cógido Penal e pede esclarecimentos sobre essa fala do presidente. A depender da resposta, vamos entrar com uma queixa-crime por difamação”, diz o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, ao Metrópoles.

Veja as sete perguntas que os ex-ministros e ex-secretários dos Direitos Humanos querem que Bolsonaro responda:

  1. O interpelado confirma a sua manifestação feita no “simpósio da cidadania cristã, no dia 5 de outubro de 2021, na igreja batista central do brasil”, no sentido de terem os ex ministros dos direitos humanos incentivado a “pedofilia”?
  2. O interpelado confirma suas declarações atualmente, caso as tenha feito?
  3. O interpelado pode citar fatos concretos que o tenham levado a fazer tal afirmação, caso a tenha feito.
  4. O interpelado sabe informar se os ex ministros foram processados ou se responderam a inquérito sob a acusação de terem praticado pedofilia?
  5. O interpelado pode informar quais foram as razões que o levaram a afirmar que o PLC 122 apresentou 188 itens para destruir a família brasileira?
  6. O interpelado pode apontar alguns desses itens e explicá-los?
  7. A quem o interpelado se referiu ao dizer que “tem gente que, voltando ao poder, vai ressuscitar tudo isso ai”?
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