1 de 1 João de Deus
- Foto: Igo Estrela/Metrópoles
Goiânia – Denúncia de estupro de vulnerável contra oito mulheres fez João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, ser preso novamente nesta quinta-feira (26/8), por determinação da Vara Criminal da comarca de Abadiânia, a 90 quilômetros de Goiânia. Segundo a peça, os crimes ocorreram na Casa Dom Inácio de Loyola, entre 1986 e 2017.
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João de Deus já recebeu cinco condenações da Justiça
Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
João de Deus
João de Deus já foi condenados a mais de 64 anos de prisão por crimes, como abuso sexual e estupro
Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
Prisão preventiva João de Deus. Goiânia(GO), 16/12/2018
João Teixeira de Faria se entregou à polícia em dezembro de 2018, dias após a veiculação do escândalo sexual
Igo Estrela/Metrópoles
Prisão preventiva João de Deus. Goiânia(GO), 16/12/2018
João de Deus responde a centenas de acusações por abuso sexual
Igo Estrela/Metrópoles
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Prisão de João Teixeira foi determinada na mesma semana em que as primeiras denúncias surgiram
Reprodução
Joaodedeus
O médium de renome internacional viu seu prestígio ruir
Paris Filmes/Divulgação
João de deus
Relatos de abusos sexuais cometidos contra seguidoras atingiram João de Deus, um dos médiuns brasileiros mais conhecidos
Michael Melo/Metrópoles
joao de deus
Depois que as denúncias vieram à tona, o médium foi preso
Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
14/04/2021 - Abadiânia (GO) luta para sobreviver após escândalo de João de Deus
Casa que chegou a receber 3 mil pessoas por dia, hoje está com público médio de 50 pessoas diariamente
Vinícius Schmidt/Metrópoles
14/04/2021 - Abadiânia (GO) luta para sobreviver após escândalo de João de Deus
Salão principal da Casa de Dom Inácio, em Abadiânia
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Abadiânia (GO) luta para sobreviver após escândalo de João de Deus
Fotografia de João de Deus na parede da Casa de Dom Inácio
Vinícius Schmidt/Metrópoles
14/04/2021 - Abadiânia (GO) luta para sobreviver após escândalo de João de Deus
Palco do salão principal onde João de Deus costumava falar com o público e fazer demonstrações na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia
Vinícius Schmidt/Metrópoles
14/04/2021 - Abadiânia (GO) luta para sobreviver após escândalo de João de Deus
Farmácia onde se vendia passiflora na Casa Dom Inácio
Vinícius Schmidt/Metrópoles
14/04/2021 - Abadiânia (GO) luta para sobreviver após escândalo de João de Deus
Cachoeira onde Hidomi foi encontrada fica dentro da propriedade pertencente à Casa de Dom Inácio de Loyola
Vinícius Schmidt/Metrópoles
santa rita de cássia na cadeira de joão de deus na casa de dom inácio de loyola
Imagem de Santa Rita de Cássia segue posicionada há mais de dois anos depois sobre a cadeira de João de Deus, na casa de Dom Inácio de Loyola
Reprodução/Facebook da Casa de Dom Inácio de Loyola
14/04/2021 - Abadiânia (GO) luta para sobreviver após escândalo de João de Deus
Avenida Frontal que antes era lotada de pessoas caminhando, vestindo branco, em direção à Casa de Dom Inácio
Vinícius Schmidt/Metrópoles
casa dom inácio de loyola, em abadiânia, fundada por joão de deus
Hoje, após o escândalo envolvendo João de Deus, 90% do público que frequenta a Casa de Dom Inácio são de pessoas estrangeiras
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Denuncias de abuso sexual na Casa onde João de Deus fazia atendimentos espirituais
Espaço de contemplação na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O mandado de prisão foi cumprido 13 dias depois de o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) oferecer a 15ª denúncia por crimes sexuais atribuídos a João de Deus, que cumpria prisão domiciliar há mais de um ano, após alegar problemas de saúde e vulnerabilidade por causa da Covid-19.
João de Deus estava sendo monitorado por tornozoleira eletrônica há mais de um ano.
De acordo com a denúncia, os crimes da 15ª denúncia foram praticados contra vítimas de oito estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Maranhão, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso e Espírito Santo.
A denúncia, oferecida pela promotoria de Justiça de Abadiânia, relaciona outras 44 vítimas, mas, em razão de os crimes estarem prescritos ou ter decaído o direito de representação da ofendida, elas figuraram como testemunhas, notadamente para reforçar a forma de agir do denunciado.
A denúncia é assinada pelo promotor de Justiça Luciano Miranda Meireles, que coordenou a força-tarefa montada pelo MPGO no fim de 2018 para apurar os crimes praticados por João Teixeira de Faria. Entre as provas apresentadas, estão relatos das vítimas e de testemunhas.
Também participaram da investigação os promotores de Justiça Paulo Eduardo Penna Prado, Gabriella de Queiroz Clementino e Renata Caroliny Ribeiro e Silva.
Condenações para crimes diversos
A Justiça já havia recebido outras 14 denúncias contra João Teixeira de Faria por crimes sexuais.
Em três já houve condenação:
19 anos e 4 meses de reclusão por violação sexual mediante fraude, na modalidade tentada, violação sexual mediante fraude, e 2 estupros de vulneráveis;
40 anos de reclusão por 5 estupros de vulneráveis;
2 anos e 6 meses de reclusão por violação sexual mediante fraude contra uma vítima.
João de Deus também foi condenado a 4 anos de reclusão por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e por posse irregular de arma de fogo de uso restrito.
O Metrópoles não obteve retorno da defesa de João de Deus até o momento da publicação desta reportagem.