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Condenado por crimes sexuais, João de Deus é preso em Anápolis

Ele cumpria pena em regime domiciliar desde março do ano passado. Prisão foi expedida pela comarca de Abadiânia, a pedido do MPGO

atualizado

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Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
Foto colorida de João de Deus - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de João de Deus - Metrópoles - Foto: Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles

Goiânia – João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, foi preso nesta quinta-feira (26/8) em Anápolis, cidade onde ele mora e cumpria, desde março do ano passado, prisão em regime domiciliar.

O novo mandado de prisão foi expedido pela comarca de Abadiânia e solicitado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), que confirmou ao Metrópoles.

Os promotores ofereceram nova denúncia contra ele, no dia 13/8, pelo crime de estupro de vulnerável, cometido contra oito mulheres. Após receber essa nova denúncia, a Justiça determinou a prisão de João de Deus.

Segundo o MPGO, o caso relaciona outras 44 vítimas, mas, em razão de os crimes estarem prescritos, elas foram arroladas como testemunhas para depor e reforçar a forma de agir de João de Deus. Os crimes descritos aconteceram na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.

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Prisão domiciliar

João de Deus estava em sua residência, em Anápolis, há mais de um ano, depois de cumprir parte da pena em regime fechado no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

Ele obteve o benefício da prisão domiciliar, em março de 2020, após alegar questões de saúde e vulnerabilidade em razão da Covid-19.

O ex-médium será reconduzido ao Núcleo de Custódia. Ele passará pela triagem e deve chegar ao local nas próximas horas. Ele foi preso em casa por uma equipe de Choque da Polícia Militar de Goiás (PMGO).

Condenações

João de Deus, que ficou conhecido mundialmente pelos atendimentos espirituais na Casa de Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, já foi condenado a mais de 64 anos de prisão por crimes sexuais, como estupro, abuso sexual, além de outras práticas.

O escândalo envolvendo o nome dele veio à tona em dezembro de 2018, após os relatos das primeiras mulheres que se apresentaram como vítimas dos crimes cometidos por ele.

Mais de dois anos se passaram e o MPGO continua sendo procurado por mulheres de todo o Brasil, que relatam terem sido vítimas de João de Deus. Até então, mais de 320 pessoas já registraram denúncias contra o ex-médium, no Ministério Público.

Desde dezembro de 2018, o MPGO já ofereceu 15 denúncias à Justiça, que têm João de Deus como acusado. A maioria dos processos segue tramitando na comarca de Abadiânia.

Até o momento, ele já foi condenado quatro vezes. Veja:

– 19 anos e 4 meses de reclusão por violação sexual mediante fraude, na modalidade tentada, violação sexual mediante fraude, e dois estupros de vulneráveis;

– 40 anos de reclusão por 5 estupros de vulneráveis;

– 2 anos e 6 meses de reclusão por violação sexual mediante fraude contra uma vítima

– 4 anos de reclusão por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e por posse irregular de arma de fogo de uso restrito.

 

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