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Janot em lançamento concorrido: “Será que o sucesso é notícia?”

Ex-procurador-geral da República lança seu livro de memórias em Brasília na noite desta terça e vende ao menos 220 exemplares

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Igo Estrela/Metrópoles
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1 de 1 Janot-lança-livro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

As notícias sobre o desinteresse do público no lançamento do livro de memórias de Rodrigo Janot nessa segunda-feira (07/10/2019) em São Paulo chatearam o ex-procurador-geral da República. Nesta terça (08/10/2019), em um pequeno intervalo na concorrida noite de autógrafos em Brasília, Janot se virou para a equipe da editora e disparou: “Será que o sucesso vai ser notícia também? Ou só o fracasso?”.

Na noite anterior, na capital paulista, o livro Nada Menos que Tudo, escrito por Janot em parceria com o jornalista Jailton de Carvalho, vendeu apenas 43 exemplares e uma foto do ex-PGR solitário na mesa de autógrafos virou meme nas redes sociais.

Nesta terça, o cenário foi outro. Já havia fila do lado de fora da Livraria Leitura do shopping Píer 21 quando o autor chegou, com 10 minutos de atraso.

Por volta das 21h, pouco menos de duas horas depois do começo da sessão de autógrafos, o balanço parcial registrava a venda de 220 exemplares do livro, o quíntuplo do número vendido na capital paulista. O estoque da livraria no shopping brasiliense é de 500 livros.

Já por volta das 22h, um homem que estava na fila dirigiu-se, simpaticamente, a Janot: “Já deve estar com a mão cansada”. O ex-procurador imediatamente respondeu, também calorosamente: “Que nada. Estou com a alma massageada”.

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Público de anônimos 
Pela recepção mais calorosa em alguns casos, foi possível perceber que vários conhecidos de Janot prestigiaram o lançamento, mas não apareceram personalidades do mundo jurídico e político com as quais o ex-PGR se acostumou a dividir holofotes nos últimos anos.

Na fila havia principalmente advogados que atuam em Brasília, como Pedro Gordilho, 81 anos, que conta admirar o ex-PGR por sua coragem de “desconstruir pessoas poderosas”. “Eu sei que ele deixou muita gente descontente, mas é porque quem fala a verdade incomoda”, afirmou.

Janot e a pistola 
O ex-PGR, discreto desde a aposentadoria do Ministério Público Federal, voltou a ser notícia ao contar em entrevistas que havia entrado armado no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes e se suicidar depois. Ele disse que chegou a colocar a mão na pistola, mas não conseguiu executar o crime.

Desde então, Janot já foi alvo de desmentidos, acusações e até de uma operação de busca e apreensão ordenada pelo Supremo, mas não falou mais no assunto.

Janot evitou contato com as duas dezenas de membros da imprensa que aguardavam na porta. A assessoria de comunicação da Editora Planeta, responsável pelo livro, já havia avisado que o autor não pretendia conceder entrevistas – como também fez em São Paulo.

Segurança reforçada
O evento literário com a presença do ex-PGR deixou a segurança do shopping em alerta. Havia monitoramento mais atento do que o cotidiano nas entradas do estabelecimento e um segurança foi colocado na porta da livraria uma hora antes do início oficial do lançamento do livro, que foi vendido a R$ 55,90.

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