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Incertezas rondam as taxas de juros de Brasil e EUA

Possível recessão global, eleições, questão fiscal e deflação mantêm incertezas sobre os rumos das taxa de juros

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Fachada do Banco Central em brasília
1 de 1 Fachada do Banco Central em brasília - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os comitês de política monetária dos bancos centrais do Brasil e dos EUA divulgarão nesta quarta-feira (21/09) as novas taxas de juros de seus respectivos países. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. Já a taxa americana está entre 2,25% e 2,5%. 

O anúncio do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) ocorre às 15h, enquanto o do Banco Central será realizado às 18h.

De acordo com o CEO da Box Asset Management, Fabrício Gonçalves, a decisão do FED é aguardada pelos agentes do mercado. “Jerome Powell [presidente do BC americano] pode anunciar um aumento de 75 a 100 pontos-base. Esperamos algo neste tom”, disse.  A inflação americana passa dos 8%, a mais alta em 40 anos.

“Projetamos juros nos EUA no próximo ano próximo de 4%, enquanto seguimos os dados de emprego e outros índices econômicos do país. A tendência é de aumento a partir de agora. A diferença é que nós [Brasil] saímos na frente”, disse Bombini.

Por outro lado, há o cenário brasileiro. O país se antecipou e aumentou suas taxas de juros antes dos outros países e agora, vive um cenário de deflação. No Boletim Focus desta segunda-feira, há a previsão de uma redução para a inflação de 6,40% para 6%. Apesar disso, o Copom ainda trabalha com incertezas sobre a questão fiscal brasileira, os sinais de uma recessão global e o resultado das eleições – este último, está atrelado sobre quem conduzirá o Ministério da Fazenda.

O economista Sérgio Vale explicou ao Metrópoles que o BC trabalhará “com múltiplos cenários” para decidir o que fazer com a Selic. “O Banco Central não deixou muita clareza sobre o que fará nesta Super Quarta, se manterá os 13,75% ou se aumentará a Selic em 25 pontos-base. A instituição trabalha com múltiplos cenários com uma recessão mundial, a questão fiscal do Brasil que ainda não está clara e quem será o novo governo”, disse.

Segundo o assessor de investimentos, Rafael Bombini, a expectativa do mercado é que a taxa de juros básica se mantenha em 13,75%. “A Selic deve ficar neste patamar todo o próximo ano para reajustar a precificação da curva de juros após tantos choques”, disse ao site. 

 

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