CNI: decisão do Copom de elevar Selic para 13,75% é “equivocada”

Confederação Nacional da Indústria entende que decisão trará custos adicionais desnecessários para a atividade econômica

atualizado 03/08/2022 19:26

Divulgação/CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou como “equivocada” a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a Selic, taxa básica de juros do país, de 13,25% para 13,75% ao ano – alta de 0,5 ponto percentual.

Este é o 11º acréscimo consecutivo desde março do ano passado. Com a decisão, a Selic alcançou o maior nível desde janeiro de 2017, quando estava em 13%.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, alertou que, desde dezembro do ano passado, a taxa de juros real já supera o patamar suficiente para desacelerar a inflação nos próximos meses, em razão de seus efeitos restritivos e negativos sobre a atividade econômica.

“A CNI entende que, neste momento, o novo aumento da taxa de juros é dispensável para o combate da inflação e trará custos adicionais desnecessários para atividade econômica, com reflexos negativos sobre consumo, produção e emprego”, disse Andrade.

A confederação ressaltou que as desonerações recentes sobre os valores de energia elétrica, combustíveis, telecomunicação e transporte coletivo vêm desaceleração a inflação.

Taxa básica de juros sobe a 13,75%. Saiba como a alta impacta sua vida.

A elevação da Selic é o principal instrumento do Banco Central para enfrentar a inflação e conter as consecutivas altas de preços. Ela é a principal ferramenta de política monetária do Banco Central para estabilizar a moeda e manter a inflação dentro da meta do governo. Além disso, norteia todas as operações da economia brasileira que envolvem juros, como empréstimos, aplicações financeiras e financiamentos.

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O que muda com a alta da Selic?

  • Empréstimos ficam mais caros;
  • Queda no consumo da população;
  • O Produto Interno Bruto (PIB) e os saldos de emprego e de renda também são impactados negativamente.

O Banco Central já elevou a taxa de juros 11 vezes desde março do ano passado, quando estava no menor patamar histórico de 2%.

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