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Incêndio destruiu 90% do Museu Nacional. Reforma custará R$ 15 milhões

“Sobrou parte do acervo dos invertebrados, o setor de vertebrados e botânica. Talvez uns 10%”, estimou a vice-diretora do instituto

atualizado

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Tânia Rego/Agência Brasil
Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na zona norte da capital fluminense
1 de 1 Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na zona norte da capital fluminense - Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

A vice-diretora do Museu Nacional, Cristiana Serejo, disse que 90% do acervo queimou no incêndio da noite de ontem e que a reconstrução do prédio custará R$ 15 milhões. O valor seria para a parte estrutural, uma vez que o material perdido é insubstituível, ressalvou.

“Sobrou parte do acervo dos invertebrados, o setor de vertebrados e botânica. Foram retiradas algumas cerâmicas, peças minerais e os meteoritos, talvez uns 10%”, estimou Cristiana. “A gente estava preocupado com incêndios. Tivemos problemas de falta de verba e de burocracia.”

Não havia porta anti-incêndio nem sprinklers. Os detectores de fumaça não funcionaram. A água nos hidrantes não era suficiente. Não havia seguro contra incêndio e o acervo também não estava segurado.

A fachada havia sido restaurada em 2007 com verba da Petrobras, mas a crise fez minguar recursos patrocinados nos últimos anos. “A culpa é de todos. A gente fica com muita raiva”, declarou.

Cristiana relatou que ainda não tem informações sobre o fóssil de Luzia, o mais antigo das Américas. O crânio ficava numa caixa ainda não localizada. As múmias egípcias queimaram, assim como o setor de entomologia. O laboratório de paleontologia ficou intacto.

A vice-diretora não arriscou traçar o futuro do museu. Ela disse que é possível que sejam reproduzidas imagens que foram incendiadas com impressoras 3D. Verbas serão pleiteadas não só junto ao governo federal, mas também com empresas e no exterior.

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