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Ibama e PRF queimam aviões e veículos de garimpos ilegais em Roraima

Ações ocorreram neste fim de semana, em Iracema, no sul de Roraima. Operação tem objetivo de extinguir garimpo ilegal na região Yanomami

atualizado

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Divulgação
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1 de 1 yanomami-pf-ibama - Foto: Divulgação

Agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) queimaram um avião, uma caminhonete e uma motocicleta, além de terem destruído suprimentos usados por garimpeiros ilegais para chegar à terra indígena Yanomami.

As ações ocorreram entre o sábado (6/5) e este domingo (7/5), na região de Iracema, no sul de Roraima e fazem parte da Operação Xapiri, que tem objetivo de extinguir o garimpo no interior da da região. Os veículos e equipamentos estavam em estradas e pistas de pousos irregulares.

Durante as ações de sábado, Ibama e PRF chegaram a abordar uma aeronave, mas o piloto conseguiu decolar em fuga. Já no domingo, um avião de pequeno porte foi interceptado pelos agentes. No momento da abordagem dos agentes de fiscalização, os suspeitos também conseguiram fugir.

A aeronave estava sendo abastecida de combustível, mantimentos, equipamentos e peças de máquinas que seriam levados para uma área de garimpo ilegal. O combustível, segundo as autoridades, estava sendo transportado de maneira irregular. O avião também estava com os documentos irregulares.

Violência na região Yanomami

Desde janeiro, a terra indígena Yanomami está em emergência de saúde pública em razão do cenário de desassistência a indígenas que, impactados pelo avanço do garimpo ilegal, enfrentam doenças como malária e desnutrição.

Nos últimos sete dias, ao menos 14 mortes foram registradas na região. No sábado, o corpo de uma mulher foi encontrado com sinais de violência na terra indígena Yanomami.

Em 29 de abril, um yanamomi de 36 anos morreu após ter sido baleado por garimpeiros ilegais que atuam na região. Nesta semana, outros 12 garimpeiros morreram.

O corpo da mulher encontrado no sábado estava próximo da cratera onde oito garimpeiros foram assassinados na semana passada, na região da comunidade Uxiu, que tem forte presença de garimpo no território.

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