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GO: jovens que planejavam ataque a escolas queriam comprar mais armas

Polícia descobriu plano de três adolescentes de Montividiu, no sudoeste goiano, após ter acesso a mensagens trocadas por eles pelo Facebook

atualizado

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Reprodução PCGO
policia civil de montiviu de goiás desarticula plano de ataque a escolas públicas da cidade
1 de 1 policia civil de montiviu de goiás desarticula plano de ataque a escolas públicas da cidade - Foto: Reprodução PCGO

Goiânia – Os três adolescentes de Montividiu, cidade que fica no sudoeste de Goiás, e que foram alvos de mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (2/6) por, supostamente, planejarem ataques a escolas públicas da cidade diziam, em conversas pelo Facebook, que pretendiam trabalhar para comprar mais armas.

A informação foi revelada pelo delegado responsável pelo caso, Adelson Candeo, que atua no Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Rio Verde. Os adolescentes têm 17 anos e mantinham em casa duas armas de fogo, duas facas de caça e munições de grosso calibre.

“Esses jovens se preparavam juntando arma de fogo, armas brancas e outros objetos, inclusive gasolina em seus planos para executar esses ataques. Não havia uma data certa para que eles acontecessem. Entretanto, nas mensagens, esses jovens reclamam pelo fato de as escolas estarem fechadas em razão da pandemia. Eles falam ainda em trabalhar para comprar armas e não roubar ou furtar, como é o perfil rotineiro de criminosos”, diz o delegado.

Veja:

O caso foi descoberto em ação semelhante a que ocorreu em Goiânia, no último dia 27/5, e também no Distrito Federal no dia 21/5, que contou com auxílio da Homeland Security Investigations, vinculada à Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, e da Secretaria de Operações Integradas, do Ministério da Justiça.

Mais cedo, o delegado regional de Rio Verde (GO), Carlos Roberto Batista, que é responsável pela região de Montividiu, confirmou a informação ao Metrópoles e disse que, nas mensagens trocadas entre os adolescentes, fica subentendida a intenção cometer o ataque. Havia, inclusive, uma divisão de tarefas, conforme o apurado pela polícia.

Os familiares dos jovens ficaram surpresos com a informação, segundo Adelson Candeo, e disseram que só tomaram conhecimento, quando viram a apreensão das armas dentro de casa.

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Casos recentes

A parceria entre o Ministério da Justiça e a polícia norte-americana vem monitorando diálogos suspeitos, com teor que indica a intenção de praticar ataques a escolas no Brasil.

Em Goiânia, um adolescente de 16 anos foi descoberto na quinta-feira (27/5), após a polícia ter acesso às mensagens que ele trocava com jovens de outros estados.

No celular dele, foram encontrados indícios de participação em grupos que planejam massacres. A polícia também encontrou, na casa do adolescente, anotações e desenhos feitos à mão, com imagens de cunho violento e que enaltecem o nazismo. Ele se assumiu racista para a polícia.

O jovem é filho de um militar do Exército e a polícia enfatizou o fato de ele ter acesso fácil a material bélico. O mandado de busca e apreensão foi cumprido na Vila Militar, que fica no Jardim Guanabara, em Goiânia.

A delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Marcella Orçai, definiu os casos como uma “rede de contatos”, que está sendo investigada.

Em Brasília

Uma semana antes do caso de Goiânia, a Polícia Civil do DF cumpriu mandado contra uma jovem de 19 anos, investigada por também planejar um massacre contra uma escola. No caso, seria uma escola pública do Recanto das Emas.

Na casa da moça, foram encontradas armas, munições e máscaras, que seriam utilizadas na execução do plano. Em entrevista ao Metrópoles, a mãe da jovem, disse que a filha já havia admitido à família que “tinha vontade de matar adolescentes da escola dela”.

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