Gabriel Monteiro mandou equipe encontrar morador de rua “cabeludo”
O pedido do parlamentar, acusado de forjar vídeo para colocar nas redes, foi feito a funcionário por meio de conversa pelo WhatsApp
atualizado
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Rio de Janeiro – Investigado por forjar vídeos para colocar na internet, o vereador e ex-PM Gabriel Monteiro (sem partido) mandou em uma conversa de WhatsApp para um funcionário, pedido para que a equipe encontrasse um garoto morador de rua que fosse “cabeludo, em estado precário” para a gravação de um vídeo.
O texto foi obtido pelo G1. O funcionário avisou: “Bom dia, Gabriel, marquei de 13h estar indo na família pobre para mandar fotos da criança pobre para a gravação que você pediu”. E o vereador respondeu: Tem que ser morador de rua, o garoto. Cabeludo, em estado precário, pra gente conseguir mudar a estética dele”, escreveu Monteiro.
Gabriel MonteiroGabriel Monteiro, vereador do Rio de Janeiro Reprodução
foto-gabriel-monteiro-vereador-na-assembleia-legislativa-do-rio-de-janeiroO vereador Gabriel Monteiro é acusado de assédio sexual, moral, estupro e suposta violação de direito das crianças em vídeos divulgados em suas redes sociais Reprodução/ Redes Sociais
foto-gabriel-monteiro-vereador-segura-fuzil-a-noiteA operação da Polícia Civil apreendeu 8 armas, 23 computadores e 17 celulares. A lista de 123 itens inclui um carro e até um cofre na casa de Monteiro Reprodução/ Redes Sociais
Gabriel Monteiro é alvo de investigações da Polícia Civil e do Ministério Público, além das denúncias de vídeos forjados para postagens em redes sociais, de assédio sexual e moral contra ex-funcionários. Em uma das gravações, o vereador pede um morador em situação de rua para forjar um furto.
O parlamentar também é investigado por usar funcionários para ganhar dinheiro nas redes sociais. Os ganhos podiam variar de R$ 60 mil a R$ 240 mil. Pelo menos, sete marcas suspenderam o patrocínio.
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Os membros do Conselho de Ética e Disciplina da Câmara de Vereadores se reúnem nesta segunda-feira (4/4) com promotores de Justiça. O objetivo é avaliar se há provas suficientes para abrir um processo de cassação contra o parlamentar. Gabriel Monteiro nega todas as acusações.
