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#ForçaChape. Comoção na homenagem a mortos na tragédia da Chapecoense

Estádio do time em Chapecó e do Atlético Nacional, em Medellín, Colômbia, prestam solidariedade às vítimas do voo

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Chapecoense
1 de 1 Chapecoense - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Enviadas especiais a Chapecó (SC) — A Arena Condá, estádio da Chapecoense, está lotada. Torcedores do clube catarinense pulam, se abraçam, agitam as bandeiras do clube e iluminam a praça desportiva com sinalizadores. Parece uma partida de futebol. No entanto, não há adversários nas arquibancadas. No gramado, não há jogadores.

A festa é uma homenagem ao “time de guerreiros”, como cantam os presentes, em referência não só aos atletas, mas também à comissão técnica e aos profissionais da imprensa que morreram na queda de uma aeronave na madrugada de terça (29/11). Todos iam para Medellín, na Colômbia, onde a Chapecoense disputaria, a partir das 21h45 de hoje, o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana. O sonho do título inédito, entretanto, acabou abruptamente com a tragédia que devastou o Brasil.

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Na noite de hoje, Chapecó lembra os 71 mortos e os seis sobreviventes do desastre aéreo. Uma espécie de altar foi montada no meio do gramado. No local, pastores evangélicos e um padre comandam orações. Nas mais de 100 cadeiras em frente ao altar, estão parentes das vítimas.

Parentes, diretores e crianças das escolinhas do time deram a volta Olimpíada no estádio, sob os gritos de “é campeão”.

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Velório
Em entrevista coletiva na tarde desta quarta (30), representantes da Chapecoense, muito emocionados, revelaram detalhes sobre o velório coletivo que marcará a despedida final das vítimas do acidente aéreo na Colômbia. Não há data para a cerimônia, mas a cidade e a Arena Condá estão sendo preparadas para a despedida.

Foi a primeira vez que o vice-presidente-administrativo, Ivan Tozzo, falou enquanto presidente do clube, já que os outros diretores morreram na tragédia. “Jamais imaginei que seria presidente do clube em uma situação como essa. Chegar na sala de reunião hoje e só ver as cadeiras vazias é tão complicado. É muito difícil para nós, da diretoria, ter de resolver todos os detalhes do velório”, declarou.

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Tozzo disse que só não viajou com o grupo porque teve um “mau pressentimento” e resolveu ficar. Sobre a cerimônia de despedida, o dirigente disse que os corpos estão em fase de identificação na Colômbia e, por isso, não é possível cravar o dia e a hora exatos da chegada das vítimas ao Brasil. A expectativa é de que, até sexta-feira (2/12), o velório tenha início.

Segundo os responsáveis pela cerimônia, as vítimas serão recepcionadas por quatro caminhões do Corpo de Bombeiros, que trarão as vítimas do Aeroporto Serafim Enoss Bertaso, de Chapecó, para a Arena Condá. O trajeto dura cerca de 45 minutos. A expectativa é que cerca de 100 mil pessoas estejam no local para dar o último adeus às vítimas.

Sobreviventes
As notícias dadas durante a coletiva de imprensa sobre os quatro brasileiros que sobreviveram ao acidente foram boas. Segundo a Chapecoense, as vítimas não correm mais risco de morte. Os jogadores Neto e Alan Ruschel, que tiveram lesões medulares, também não têm mais possibilidades de sequelas nos membros inferiores.

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