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Febraban diz que vai assinar manifesto em defesa da democracia

Documento intitulado “Em Defesa da Democracia e da Justiça” foi encaminhado à entidade pela Fiesp

atualizado

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Foto: Reprodução/ BCB
Isaac Sidney Menezes Ferreira, presidente da Febraban
1 de 1 Isaac Sidney Menezes Ferreira, presidente da Febraban - Foto: Foto: Reprodução/ BCB

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou, nesta quarta-feira (27/7), que decidiu subscrever documento encaminhado à entidade pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), intitulado “Em Defesa da Democracia e da Justiça”.

O texto deverá ser publicado nos principais jornais do país no próximo dia 11 de agosto.

A decisão da federação foi tomada no âmbito de sua governança interna, por maioria. A Febraban é considerada a principal entidade representativa dos bancos brasileiros. O quadro conta com 119 instituições financeiras associadas.

O documento assinado pela Febraban não é o mesmo organizado por ex-alunos da faculdade de direito da USP, apesar de o teor ser o mesmo. Um grupo formado por empresários, banqueiros, juristas e artistas assinam essa outra carta.

A adesão da Febraban ao documento ocorre logo após o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), criticar banqueiros que assinaram o manifesto.

“Presidente Jair Bolsonaro, sabe porque [sic] banqueiros hoje podem assinar cartas inclusive contra o presidente da República, ao invés de se calarem com medo nos congelamentos de câmbio do passado? Porque hoje, graças ao desprendimento do poder do Senhor e à visão de país do ministro Paulo Guedes, o Brasil passou a ter um Banco Central independente. Antes, o Banco Central podia ser o chicote ou o bombom dos governos para os banqueiros”, escreveu, no Twitter.

“Agora, graças ao senhor, o Banco Central não obedece ao presidente. É independente. E agora os banqueiros podem até assinar manifestos contra o presidente pois sabem que não serão perseguidos”, prosseguiu Nogueira, ao alegar que o Pix “faz alguém perder R$ 40 bilhões por ano”.

No ano passado, a Febraban decidiu não subscrever o manifesto “A Praça é dos Três Poderes”, após a Caixa Econômica e o Banco do Brasil ameaçarem deixar a entidade.

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