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EUA busca diálogo com o Brasil para impor consequências à Rússia

Em comentário sobre resposta de Bolsonaro à ataque russo, Departamento de Estado disse que invasão é um ato profundamente desestabilizador

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Sergei MalgavkoTASS via Getty Images
Tanques ucranianos são vistos em cidade da região após o ataque russo. Na foto, militares observam veículos militares seguirem por caminho de terra -Metrópoles
1 de 1 Tanques ucranianos são vistos em cidade da região após o ataque russo. Na foto, militares observam veículos militares seguirem por caminho de terra -Metrópoles - Foto: Sergei MalgavkoTASS via Getty Images

Um porta-voz do Departamento de Estado do governo norte-americano informou que seu país mantém diálogo com o governo brasileiro com o intuito de obter apoio para medidas destinadas a pressionar a Rússia a recuar da invasão à Ucrânia.

Em resposta a uma consulta da reportagem do Metrópoles sobre a reação do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a guerra, sem condená-la diretamente, o Departamento de Estado respondeu que os EUA estão “engajados em um diálogo contínuo e regular com o Brasil em todos os níveis de nosso governo, incluindo nosso apoio inabalável à soberania e integridade territorial da Ucrânia, e nossa disposição de trabalhar com aliados e parceiros para impor consequências rápidas e severas à Rússia, se [o país] optar por escalar [a guerra]”.

Para os EUA, “a decisão do presidente Putin de prosseguir com uma guerra de escolha na Ucrânia é um ato profundamente imprudente e desestabilizador, que manchará sua reputação por gerações”.

No mesmo comunicado, o porta-voz do governo norte-americano afirmou que “as nações democráticas têm a responsabilidade de defender os princípios democráticos e a ordem baseada em leis”.

“Os Estados Unidos mantêm parcerias amplas e profundas em todo o Hemisfério Ocidental e todos os dias trabalhamos em conjunto com nossos homólogos para construir um futuro sustentável, resiliente e equitativo para as Américas e um hemisfério mais forte, seguro, próspero e democrático para nossos cidadãos”, conclui o texto.

Ações da diplomacia norte-americana

Na quinta-feira (24/2), o encarregado de Negócios da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Douglas Koneff, que é o chefe interino do órgão, emitiu um comunicado defendendo que os países “permaneçam firmes e unidos” contra a “ameaça” da Rússia, após a invasão dos russos na Ucrânia.

Sem citar o Brasil em nenhum trecho do documento, Koneff afirma que a invasão do país comandado por Vladimir Putin ao território ucraniano é uma ameaça que “viola não apenas a segurança europeia, mas a segurança das pessoas em todo o mundo”.

“Devemos permanecer firmes e unidos contra tal ameaça, que viola não apenas a segurança europeia, mas a segurança das pessoas em todo o mundo. Devemos permanecer unidos para apoiar a Ucrânia, e o direito de todas as nações soberanas a escolherem seus próprios caminhos, livres da ameaça de coerção, subversão ou invasão”, diz o encarregado na declaração.

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Brasil pediu “suspensão de hostilidades”

A posição do Brasil sobre o conflito Rússia-Ucrânia até agora não foi de condenação veemente. A posição do país tem sido um pouco ambígua desde a visita do presidente Jair Bolsonaro à Rússia. Em 16 de fevereiro, o presidente brasileiro se reuniu com Putin em Moscou e disse que o Brasil era “solidário” ao país, que logo entraria em guerra.

Em nota divulgada no fim da manhã desta quinta-feira sobre a invasão russa à Ucrânia, o Itamaraty informou que o Brasil acompanha “com grave preocupação” a deflagração das operações militares pela Rússia contra o país vizinho e pedia “suspensão imediata das hostilidades” na região.

Mais cedo, na quinta, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, foi mais duro e disse que o Brasil não concordava com a invasão russa

“O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia, então o Brasil não concorda com a invasão do território ucraniano, isso é uma realidade”, afirmou ele a jornalistas ao chegar a seu gabinete, no prédio anexo ao Palácio do Planalto.

Mais tarde, porém, o vice foi desautorizado por Bolsonaro.

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