O planeta assistiu atônito nesta quinta-feira (24/2) ao primeiro dia de bombardeio russo contra a Ucrânia. Assim que os primeiros mísseis foram disparados, presidentes e lideranças mundiais reagiram condenando o ataque.
Responsável por desencadear o conflito, o presidente russo, Vladmir Putin, fez ameaças e indicou que não irá recuar. O líder dos Estados Unidos, Joe Biden, subiu o tom, aumentou as sanções econômicas e prometeu respostas.
Enquanto isso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, contabiliza mortes e feridos. O país tenta reagir, mas sem o mesmo poder bélico russo.
O governo brasileiro segue sem condenar a invasão. O Ministério das Relações Exteriores admitiu que não tem condições de socorrer os brasileiros na Ucrânia.
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.
O Metrópoles preparou um resumo dos principais fatos desta quinta-feira:
- A invasão russa ocorreu na madrugada desta quinta-feira (24/2), horário de Brasília, após ordem de Putin.
- O mais recente balanço indica que a Ucrânia tem 137 mortos e 300 feridos após bombardeios.
- O governo ucraniano afirmou ter sofrido ao menos 203 ataques russos desde o início da invasão.
- Putin alertou para que nenhum outro país interfira na ofensiva, e prometeu “resposta imediata”.
- Contra a invasão russa, manifestantes foram presos e agredidos em Moscou.
- O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, determinou toque de recolher. A medida vigora das 22h às 7h.
- Em uma segunda onda de ataques, russos cercaram Kiev, capital ucraniana e coração do poder do país, além de tomar Chernobyl.
- A Rússia disparou 160 mísseis de curto alcance contra Kiev, afirmaram os EUA.
- O Ministério da Defesa russo disse ter destruído 74 instalações militares ucranianas, incluindo 11 bases aéreas.
- Zelensky decretou o rompimento das relações diplomáticas com a Rússia e distribuiu 10 mil fuzis a civis.
- O vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, condenou a invasão. Horas depois, o presidente Jair Bolsorano (PL) o desmentiu e desautorizou.
- A União Europeia e seus aliados condenaram a Rússia.
- Primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou sanções para travar “máquina de guerra de Putin”.
- Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que o bloco prepara um novo pacote de sanções econômicas contra a Rússia.
- Biden anunciou sanções econômicas mais severas, autoriza ida de mais militares e uma ajuda financeira de US$ 52 milhões para a Ucrânia. Além disso, advertiu: “A agressão de Putin vai custar muito à Rússia.”
- O presidente da Ucrânia decretou convocação geral de todas as pessoas em idade de serviço militar para atuarem contra a invasão.
- Após bombardeios, Macron telefonou para Putin e exigiu cessar-fogo. Só ouviu a repetição dos argumentos russos para o ataque.
- Otan e União Europeia anunciaram reunião entre países-membros para discutir a situação.
Veja imagens do primeiro dia de bombardeio russo contra a Ucrânia:

Ataque com mísseis Pierre Crom/Getty Images

Tanques militares russos e veículos blindados avançam em Donetsk, UcrâniaStringer/Agência Anadolu via Getty Images

Uma coluna de veículos blindados passa por um posto policial na cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início do dia 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e LuganskSergei MalgavkoTASS via Getty Images

Engarrafamento em Kiev: moradores tentam deixar a capital após o ataquePierre Crom/Getty Images

BRUXELAS, ÉLGIUM - 24 DE FEVEREIRO: O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, faz uma declaração sobre a operação militar da Rússia na Ucrânia, na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica, em 24 de fevereiro de 2022Dursun Aydemir/Agência Anadolu via Getty Images

Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trensOmar Marques/Getty Images

24 de fevereiro de 2022, Renânia-Palatinado, Ramstein-Miesenbach: aviões da Força Aérea dos EUA estão na pista da Base Aérea de Ramstein. As tropas russas começaram seu ataque à UcrâniaOliver Dietze/picture Alliance via Getty Images

Tanques das forças ucranianas se movem após a operação militar da RússiaWolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images

Um oficial do Serviço de Proteção Russo em frente ao Kremlin, na Praça Vermelha, no dia 24 de fevereiro de 2022, em Moscou, Rússia. Tropas russas lançaram seu ataque antecipado na Ucrânia na quinta-feiraMikhail Svetlov/Getty Images

CRIMEIA, RÚSSIA - 24 DE FEVEREIRO DE 2022: um veículo blindado atravessa a cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início de 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas, em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e LuganskSergei MalgavkoTASS via Getty Images

Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da BielorrússiaPierre Crom/Getty Images

Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na AlemanhaKay Nietfeld/picture aliança via Getty Images

Embaixada da Ucrânia em BrasíliaRafaela Felicciano/Metrópoles

Segurança local é reforçada na Embaixada da Ucrânia em BrasíliaRafaela Felicciano/Metrópoles

Embaixada da Rússia em BrasíliaRafaela Felicciano/Metrópoles

Encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach fala com a imprensa após ataque da Rússia Rafaela Felicciano/Metrópoles