Comandante interino da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, o encarregado de Negócios, Douglas Koneff, emitiu, nesta quinta-feira (24/2), um comunicado defendendo que os países “permaneçam firmes e unidos” contra a “ameaça” da Rússia, após a invasão dos russos na Ucrânia.
Sem citar o Brasil em nenhum trecho do documento, Koneff afirma que a invasão do país comandado por Vladimir Putin ao território ucraniano é uma ameaça que “viola não apenas a segurança europeia, mas a segurança das pessoas em todo o mundo”.
“Devemos permanecer firmes e unidos contra tal ameaça, que viola não apenas a segurança europeia, mas a segurança das pessoas em todo o mundo. Devemos permanecer unidos para apoiar a Ucrânia, e o direito de todas as nações soberanas a escolherem seus próprios caminhos, livres da ameaça de coerção, subversão ou invasão”, diz o encarregado na declaração.
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A invasão russa da Ucrânia ocorreu na madrugada de 24 de fevereiro, horário de Brasília. Logo em seguida, as sirenes da capital Kiev começaram a tocar. O som foi o primeiro alerta de um possível ataque aéreo na região
Reprodução
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Após sucessivos bombardeios, o país tenta, junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), negociar um cessar-fogo
Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Tanques militares russos e veículos blindados avançaram em Donetsk, Ucrânia, região que teve a independência russa reconhecida nos últimos dias
Foto de Stringer/Agência Anadolu via Getty Images
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Autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. Segundo o governo ucraniano, já passam de 200 os ataques russos ao país
Foto de Wolfgang Schwan/Agência Anadolu via Getty Images
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Os militares da Ucrânia afirmaram que destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk
Foto de Oliver Dietze/picture Alliance via Getty Images
A imprensa russa informou que membros de uma milícia em Donetsk, uma das regiões separatistas da Ucrânia, estão prontos para apoiar a invasão
Pierre Crom/Getty Images
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Segundo a agência de notícias Reuters, militares ucranianos afirmam ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da Ucrânia
Foto do Ministério do Interior da Ucrânia/Divulgação/Agência Anadolu via Getty Images
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Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens
Omar Marques/Getty Images
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Pessoas também esperam ônibus em rodoviária na tentativa de deixar Kiev, capital da Ucrânia
Pierre Crom/Getty Images
Dois soldados russos foram levados como prisioneiros pela Ucrânia após a operação militar da Rússia
Getty Images
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Estrutura ficou danificada após ataque de mísseis em Kiev
Chris McGrath/Getty Images
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Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia
Future Publishing via Getty Images
Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na Alemanha
Kay Nietfeld/picture aliança via Getty Images
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A quantidade de aeronaves na base da Força Aérea dos EUA, na Alemanha, aumentou significativamente após os ataques russos à Ucrânia
Boris Roessler/picture Alliance via Getty Images
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No documento, Douglas Koneff também não fala dos embargos econômicos à Rússia prometidos pelo presidente americano, Joe Biden. O diplomata também pede “juntamente com a comunidade internacional e as nações democráticas em todos os lugares” a “desescalada e um retorno à diplomacia”.
Embora o chefe da embaixada não tenha citado o Brasil na declaração, a coluna apurou que autoridades americanas têm procurado, nos bastidores, o apoio do governo brasileiro ao projeto de resolução que apresentaram no Conselho de Segurança da ONU condenando a invasão russa na Ucrânia.
No Itamaraty, há uma expectativa de que o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, converse com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, por telefone, nas próximas horas. Na manhã desta quinta, o chanceler brasileiro conversou com a ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Elizabeth Truss.
Confira a nota na íntegra:
“Declaração do Encarregado de Negócios da Embaixada e Consulados dos EUA sobre Rússia e Ucrânia
Brasília, 24 de fevereiro de 2022: A violação pela Rússia da soberania da Ucrânia e de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas é uma tentativa não provocada e injustificada de elevar os princípios básicos do direito internacional.
Devemos permanecer firmes e unidos contra tal ameaça, que viola não apenas a segurança europeia, mas a segurança das pessoas em todo o mundo. Devemos permanecer unidos para apoiar a Ucrânia, e o direito de todas as nações soberanas a escolherem seus próprios caminhos, livres da ameaça de coerção, subversão ou invasão.
O respeito pela integridade territorial de todas as nações está na raiz da ordem internacional. Os Estados Unidos continuam a acreditar que a diplomacia é o caminho para que as nações resolvam as diferenças. Juntamente com a comunidade internacional e as nações democráticas em todos os lugares, pedimos clara e firmemente a desescalada e um retomo à diplomacia.
Os Estados Unidos expressam suas condolências ao povo da Ucrânia, especialmente àqueles que perderam seus entes queridos durante o ataque.”