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Entenda como funciona o 2º coquetel contra Covid aprovado pela Anvisa

Bamlanivimabe e etesevimabe serão usados para evitar que a infecção progrida. Medicamentos foram aprovados nesta quinta-feira

atualizado

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1 de 1 coronavírus ilustração - Foto: GettyImages

O coquetel de remédios bamlanivimabe e etesevimabe será usado contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, em pacientes acima de 12 anos e que apresentam alto risco de progressão da infecção.

O uso emergencial dos medicamentos foi aprovado nesta quinta-feira (13/5) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na prática, o medicamento é uma combinação de dois anticorpos monoclonais que têm como alvo a proteína espicular S do vírus, o que impede o coronavírus de entrar na célula.

Segundo orientação da Anvisa, o tratamento deve ser iniciado assim que possível após o teste viral positivo para Covid-19 e dentro de 10 dias desde o início dos sintomas.

O medicamento não é recomendado para pacientes em estado grave.

“Anticorpos monoclonais como bamlanivimabe + eteasevimbe podem estar associados a piora nos desfechos clínicos quando administrados em pacientes hospitalizados com Covid-19 que necessitam de suplementação de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica”, alerta a Anvisa.

Veja as normas para uso do coquetel:

  • O tratamento é indicado para adultos e pacientes pediátricos (com 12 anos ou mais que pesem no mínimo 40 kg) que não necessitam de suplementação de oxigênio;
  • Não é recomendado para pacientes graves;
  • Os medicamentos devem ser administrados juntos por infusão intravenosa;
  • Uso restrito a hospitais, sob prescrição médica e sua venda é proibida ao comércio;
  • O uso em mulheres grávidas deve ser feito com cautela.

A aplicação é intravenosa, e o tratamento deve ser iniciado após o teste viral positivo para a Covid-19 dentro de 10 dias desde o início dos sintomas. O uso é restrito a hospitais, e a venda é proibida ao comércio.

Farmacêutica

Os medicamentos, produzidos pela farmacêutica Eli Lilly, são feitos de anticorpo monoclonal, ou seja, proteínas feitas em laboratório que imitam o sistema imunológico e ajudam o organismo a lutar contra o coronavírus.

Ao liberar as drogas, a Anvisa ressaltou que não há eficácia clínica do produto contra a variante brasileira P1 e ele não substitui as vacinas contra a Covid-19.

A diretora da Anvisa Meiruze Freitas explicou que a liberação do coquetel pode aliviar a lotação do sistema de saúde.

“A expectativa com a autorização de uso emergencial e experimental de medicamentos contra a Covid-19 é sempre ampliar as opções terapêuticas e, principalmente, aliviar a carga em nosso sistema de saúde, diminuindo o agravamento das condições clínicas de pacientes com Covid-19 e o risco de morte”, destacou.

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