metropoles.com

Em Bruxelas, Lula critica corrida armamentista em guerra na Ucrânia

Lula está na Bélgica para cúpula entre Europa e América Latina. O petista criticou desvio de recursos essenciais para guerra

atualizado

Compartilhar notícia

Thierry Monasse/Getty Images
imagem colorida Lula na Bélgica discursando - Metrópoles
1 de 1 imagem colorida Lula na Bélgica discursando - Metrópoles - Foto: Thierry Monasse/Getty Images

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, durante pronunciamento em Bruxelas, nesta segunda-feira (17/7), o desvio de recursos essenciais para “a corrida armamentista” e o envio de armas à Ucrânia, em guerra com a Rússia desde fevereiro de 2022.

O mandatário brasileiro está na Bélgica – onde estão localizados os principais órgãos da União Europeia (UE) –, para a cúpula birregional entre os europeus e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Sem citar os Estados Unidos e a UE, o presidente Lula afirmou, nesta manhã, que a guerra concentra ativos financeiros e prejudica outros esforços, como enfrentamento à desigualdade social e às mudanças climáticas.

“A guerra no coração da Europa lança sobre o mundo o manto da incerteza e canaliza para fins bélicos recursos até então essenciais para a economia e programas sociais”, declarou o petista.

Ele também defendeu que a “corrida armamentista dificulta ainda mais o enfrentamento da mudança do clima”.

“Frente a todos esses desafios, cabe aos governantes, empresários e trabalhadores reconstituir o caminho da prosperidade, da retomada da produção, dos investimentos e dos empregos”, prosseguiu.

0

Críticas à guerra na Ucrânia

Desde que assumiu o mandato, em janeiro, o presidente Lula tem criticado abertamente os europeus e norte-americanos por prolongarem a guerra na Ucrânia ao fornecerem armamento.

Ele também sugeriu que a responsabilidade pela extensão do conflito, que dura quase um ano e meio, não é apenas da Rússia. As declarações geraram incômodo em Kiev. O governo brasileiro, no entanto, frisou que condena a invasão russa do território vizinho.

Em fevereiro, quando a guerra completou um ano, a Ucrânia já havia destinado US$ 100 bilhões à Ucrânia para enfrentamento às tropas adversárias. O valor supera o que países ricos ofereceram aos emergentes para lidar com mudanças climáticas.

Nesta segunda-feira (17), os líderes das duas regiões se reúnem após um hiato de oito anos desde o último encontro de cúpula Celac-UE. No total, o evento deve reunir chefes de Estado e de governo de 60 países — entre 33 nações latinas e caribenhas e 27 europeias. A sessão de abertura ocorreu às 9h30 no horário local (4h30 em Brasília).

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?