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Confira entrevista do governador eleito de SP, Tarcísio de Freitas, ao Metrópoles

Tarcísio de Freitas (Republicanos) venceu Fernando Haddad (PT), com 55,27% dos votos, para comandar o governo de São Paulo nas eleições 2022

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Tarcísio de Freitas faz caminhada na Praça Princesa Isabel - O candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o candidato ao senado Marcos Pontes (PL), fazem caminhada com apoiadores na Praça Princesa Isabel, região central da Capital Paulista, nesta tarde de quarta-feira (24)
1 de 1 Tarcísio de Freitas faz caminhada na Praça Princesa Isabel - O candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o candidato ao senado Marcos Pontes (PL), fazem caminhada com apoiadores na Praça Princesa Isabel, região central da Capital Paulista, nesta tarde de quarta-feira (24) - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O Metrópoles entrevistou na manhã desta segunda-feira (31/10), ao vivo, o governador eleito de São Paulo (SP),  Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disputou o segundo turno das eleições 2022 com Fernando Haddad (PT).

Assista à entrevista:

A entrevista foi realizada pelo colunista do Metrópoles Igor Gadelha e transmitida em todas as redes sociais do portal.

Tarcísio teve 13.480.643 votos ( 55,27%). O governador eleito é engenheiro civil e militar da reserva. Foi ministro da Infraestrutura de 2018 a 2022, no governo de Jair Bolsonaro, e diretor-executivo e geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes durante o governo Dilma Rousseff, entre 2011 e 2015.

Tarcísio Gomes de Freitas nasceu em 19 de junho de 1975, no Rio de Janeiro (RJ). É casado há 24 anos, o relacionamento gerou dois filhos: Matheus e Letícia.

Tarcísio teve a candidatura apoiada pelo presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). O ex-ministro da Infraestrutura e o candidato à reeleição estiveram juntos em vários palanques, motociatas e visitas a igrejas evangélicas e ao Santuário de Aparecida do Norte.

Percalços de Tarcísio de Freitas

O percurso que resultou na vitória de Tarcísio nas urnas neste domingo (30/10) foi tão esburacado quanto as estradas que ele prometia asfaltar.

O primeiro percalço foi político. Tarcísio ficou no meio de um cabo de guerra envolvendo o PL, partido escolhido por Bolsonaro para disputar a reeleição, e o Republicanos, legenda aliada que cobrava mais protagonismo na eleição para embarcar na coligação do presidente da República.

Tarcísio também tinha um problema antigo com Valdemar Costa Neto. Durante o governo de Dilma Rousseff (PT), o governador eleito escanteou aliados do presidente do PL que estavam sob suspeita de corrupção no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). 

O acordo costurado pelos caciques em Brasília e as diferenças entre Tarcísio e Valdemar levaram-no a se filiar ao partido ligado à Igreja Universal, denominação com a qual o governador eleito manteve uma relação estremecida durante a campanha.

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Depois, Tarcísio teve de enfrentar uma batalha jurídica iniciada por opositores que tentaram anular seu registro de candidatura porque ele não morava no endereço de São José dos Campos informado como seu domicílio à Justiça Eleitoral.

Por causa da concentração de agendas de campanha na capital paulista, o ex-ministro acabou alugando um imóvel no Morumbi, mesmo bairro onde fica o Palácio dos Bandeirantes, para onde se mudará a partir de janeiro. A candidatura foi deferida em setembro.

A descrença na vitória de Tarcísio permeou todo o período de pré-campanha. O ex-ministro bolsonarista ouviu de amigos que sua candidatura seria “engolida” pela máquina do governador Rodrigo Garcia (PSDB), cujo partido comanda o estado há 28 anos.

Alianças de Tarcísio de Freitas

A aliança com o PSD de Gilberto Kassab, que indicou o vice-governador Felício Ramuth, deu musculatura à campanha, que ainda se equilibrava entre apresentar ao eleitor um gestor com perfil eminentemente técnico ou um fiel aliado bolsonarista.

Novamente, foi a garupa de Bolsonaro que alavancou o governador eleito, em meio a uma disputa estadual extremamente polarizada e nacionalizada.

A cena de maio do ano passado, na ponte do Rio Madeira, se repetiu em São Paulo. Na véspera do primeiro turno, Tarcísio montou outra vez na moto de Bolsonaro, sem capacete, para ser guiada pelo presidente em uma motociata pelas ruas da capital paulista.

No dia seguinte, o ex-ministro contrariou as pesquisas e venceu o primeito turno, com sete pontos de vantagem sobre o ex-prefeito Fernando Haddad (PT).

O resultado de Tarcísio, somado ao antipetismo demonstrado pelo eleitorado paulista nas urnas, especialmente no interior, tornou o ex-ministro o grande favorito a vencer a eleição estadual.

Em poucos dias, ele atraiu o apoio de quase todos os partidos que estavam na coligação de Garcia, incluindo o próprio tucano. Passou a ser tratado como “futuro governador” e a discutir nos bastidores a divisão de cargos e a composição do seu secretariado.

Recém-eleito, Tarcísio prometeu montar uma equipe com base em critérios técnicos, mas já sofrerá pressão política para lotear áreas do governo a partir desta segunda-feira (31/10).

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